A produção e a comercialização de produtos customizados por região deixaram de ser tendências na indústria alimentícia e já são uma realidade estratégica dentro das companhias globais.
Esse é o caso da Kellogg, que hoje conta com um portfólio diverso de marcas adaptadas aos paladares, necessidades e cultura do consumidor local.
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Em 2021, a companhia apostou em dois produtos feitos sob medida para o brasileiro: Cheez-It, a maior marca de snack de queijo dos EUA, e Choco Krispis, que retornou ao Brasil.
Cheez-It é fabricado localmente, na planta de São Lourenço do Oeste (SC). O projeto de trazer a marca para o país foi cuidadosamente estudado e desenvolvido para garantir que o público tivesse a mesma experiência única do produto original americano, mas com sabores adaptados ao perfil e preferências locais.
O produto é feito com queijo de verdade. Por aqui, o salgadinho conta com três sabores de queijos, que estão entre os preferidos do brasileiro: cheddar, parmesão e provolone.
“A decisão de trazer Cheez-It ao Brasil passa por uma tendência de comportamento do consumidor, que busca cada vez mais produtos com indulgências. No caso do brasileiro, uma das indulgências preferidas é o snack de queijo.”, explica Cristina Monteiro, diretora de Marketing de categoria da Kellogg Brasil.
Além disso, a empresa detectou que, embora queijo fosse o principal sabor no mercado de snacks, ainda não tinha conquistado o público adulto. O lançamento então caiu como uma luva no mercado local.
Já o cereal Choco Krispis, que também é fabricado na planta catarinense, apostou em uma receita feita com cacau e desembarcou no país também nas versões biscoitos e cookies, inéditas em todo o mundo e projetadas especialmente para o Brasil.
O cereal, vale lembrar, voltou ao Brasil em 2021, depois de 9 anos longe das gôndolas, entre outros motivos, por conta da alta demanda dos consumidores que pediam seu retorno.
O cereal atende um desejo antigo do brasileiro nos últimos anos em relação aos produtos da categoria: um perfil “super” achocolatado, que colore o leite.
A Kellogg’s, inclusive, registrou crescimento recente acima do ritmo do mercado na categoria.
A estratégia de levar as marcas de cereais para outras categorias começou com Sucrilhos, que no ano passado recebeu sua versão biscoito, e, neste ano, se transformou em cookie.
Ambos os produtos foram adaptados às exigências dos consumidores e comercializados exclusivamente no mercado brasileiro. Biscoitos, aliás, é outra categoria na qual a empresa cresceu em ritmo acima do mercado.
O portfólio Parati, adquirido pela Kellogg, de wafer, rosquinhas, amanteigados, além dos clássicos como Maizena Parati, ajudou a potencializar os resultados na categoria.
Outra marca adequada ao consumidor brasileiro é Trink, de refrescos em pó. No verão há uma demanda muito grande por bebidas refrescantes com sabores típicos de diversas regiões brasileiras.
O Brasil, vale ressaltar, é o único país do mundo a comercializar bebidas em pó, dentre as diversas unidades de negócio da Kellogg.
“A vantagem de ser uma empresa global é ter uma ampla gama de produtos e marcas e levá-las a diferentes regiões. Tomamos o cuidado de manter as características fundamentais do produto e da marca e a partir disso realizamos adaptações para nos adequarmos à tecnologia disponível em cada mercado, levando em conta as preferências de sabor, diferenças culturais e regulamentação vigente em cada país.”, comenta Cristina.
Origem dos produtos passa por Corn Flakes
Tudo começou com o cereal Corn Flakes, no Século XIX, quando o fundador da companhia, W.K. Kellogg, e o seu irmão, Dr. John Harvey Kellogg, transformaram acidentalmente grãos de milho em flocos.
Em 1906, criaram o lote inicial de Kellogg’s Corn Flakes e deram vida à visão de W.K. de alimentos de café da manhã saborosos e nutritivos.
A criação do produto fomentou a expansão do portfólio da companhia. A partir dele foram agregadas inovações. É o caso de Sucrilhos, que hoje é a principal marca de cereal da companhia, e, mais recentemente, Choco Krispis, que retorna ao mercado brasileiro agora, mas já tem sólida presença na América Latina há décadas.