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Menos é mais

Menos pode ser muito, mas muito mais.

Vivemos e mum intenso emaranhado de fatos e dados.

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Ou em um “estranho jogo de cruzamentos”, nas palavras do antropólogo italiano MassimoCanevacci.

Com a web, tudo ficou multiconectado e comprimido, encolhendo o mapa do mundo, relativizando medições tidas como certas por séculos — o tempo e o espaço —, desestruturando as escalas de valor e volatilizando a economia, sociologia, geografia, a política… Tudo virou tecnofascinação: pessoas, partidos, países.

Nesse ambiente surge um novo imaginário do consumo, trazendo na velocidade, na urgência, no instantâneo, na efemeridade o chamado “tudo ao mesmo tempo agora e aqui”. O efeito deste fenômeno? Questionamentos contraditórios: opulência versus pobreza, fronteiras internacionais versus fronteiras internas, inclusões sociais internacionais versus exclusões transnacionais, sustentabilidade versus rentabilidade; abundância versus escassez.
E muita gente perdida, logo muitas empresas perdidas também.

Pensando nas empresas, algumas querem mais e mais sempre: mais dinheiro, mais promoções, mais lucro, mais negócios, mais serviços, mais clientes, mais… Outras querem isso tudo e ainda mais salvar o mundo promovendo soluções imediatas para resolver pandemias globais (catástrofes naturais, abalos na saúde pública, carências na educação, pobreza, entre outras) que nem sempre fazem parte docore business ou de sua estratégia de posicionamento, mas que são oportunamente incorporadas por se transformarem em discursos vantajosos: promovem a presença global, vendem a “boa ação” da empresa e podem colaborar nos rankings de reputação.

O segredo da eficiência está em conhecer muito bem o seu negócio e a sua marca. A partir daí, as práticas de socializar, compartilhar e construir um repertório coletivo para o bem da humanidade e para a clareza na mente de todos os stakeholders ficam bem mais efetivas. Quem se conhece investe melhor. Ou melhor: pode ser feliz com muito menos. Menos dor de cabeça, menos tempo trabalhando, menos dinheiro desperdiçado com iniciativas desnecessárias. É uma questão de experimentar. 

Menos pode ser muito, mas muito mais.

*Adaptado do LivroEconomia das Dádivas, de Marina Pechlivanis (Alta Books 2016)