O universo corporativo se transformou demais nos últimos tempos. Empregos se tornaram menos frequentes, mas a quantidade de trabalho disponível continua firme. Salas comerciais de algumas pequenas empresas foram trocadas por coworkings ou pelo próprio quarto dos funcionários, que passaram a trabalhar de casa através de sistemas remotos e contatos através de Skype. A forma de entregar mudou, mas o produto entregue continuou (em grande parte) igual.
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Acompanhar mentalmente as mudanças da sociedade e do mercado de trabalho não é fácil, pois elas acontecem mais rápido fora que dentro da nossa cabeça. Mas este é um exercício que devemos fazer para não ficarmos para trás. Ajustar nosso mindset para este mercado que vive se transformando é tão complicado como comer arroz com hashi – só funciona com treinamento.
No mercado em que atuo, com planejamento estratégico, pesquisa e consultoria de vendas, vejo uma tendência (ou realidade) acontecendo. Empresas diminuindo seu espaço físico, mas aumentando sua abrangência digital. Ao diminuir seu espaço físico, optam por menos custos fixos e mais variáveis, e aumentando sua abrangência digital com entregas e atendimento constante, mas a distância, incluindo sistemas que conversam com suas clientes, mas nas nuvens.
O que noto fortemente é que com as facilidades do universo digital as distâncias caíram e as parcerias comerciais e estrategicas ganharam força, fazendo com que empresas menores, mas especialistas nos seus mercados, ganhassem espaço. Não que necessariamente as grandes tenham perdido (em muitos casos também cresceram), mas as menores puderam ganhar escala ou braços.
Assim, entendo as parcerias estratégicas como uma das grandes realidades que mais ganharão força num futuro próximo. Agências de todo o Brasil deverão se unir, não como coligadas, mas realmente parceiras comerciais (algo diferente). Afinal, ganham todos neste mercado. Mais trabalho, mais entendimento de público (se cada uma atuar na sua região), e mais especialistas (se cada um atuar na sua área).
Quem sabe, logo mais teremos um mercado com mais braços se encontrando, mais trabalhos divididos e menos salas de reunião, mas mais Skypes. Será?