A situação econômica do País atingiu níveis críticos. E os reflexos são os mais variados e vão dos preços que sobem sem limite à inflação que assusta, ao PIB que encolhe.
O reflexo, óbvio, é a falta de investimento interno e externo. Nenhuma empresa investe num mercado desse, que se coloca em “recessão técnica”, segundo os economistas.
Daí, nosso mercado que, obviamente, se insere no ciclo de atividades econômicas, que o cliente entende como investimento, encolhe. Não há dinheiro, não há trabalho em escala significativa. Justamente depois de uma avalanche de trabalhos durante a Copa, que saciou muita sede de algumas agências.
Mas, mesmo naquele momento, o trabalho era para um grupo de agências. Muitas não tiveram o que fazer. Dessas, algumas fecharam, outras, vivem no limite da água no nariz, outras ainda endividaram-se, e por aí vai.
Como anda o seu mercado? Meio parado? Pois bem, é isso que está acontecendo no geral. Há sim o que fazer, mas nossa situação em relação ao que havia, em passado bem recente, piorou. O cliente sabe o que está acontecendo, e, por isso, voltou a chamar nove, dez agências para competir, a apertar todo mundo a barganhar pagamento, etc. Por quê? Porque ele sabe que ganha com isso.
Estão diminuindo fee das agências. Algumas, no desespero, estão aceitando míseros 5%, na esperança de se manterem vivas para recuperar lá na frente. Não vão. O cliente, depois que institucionalizar esse percentual, não subirá mais. Entenderá que se foi possível trabalhar por esse percentual (mesmo sabendo que é fruto de um momento angustiante.) é porque ele é o correto. Perguntem às agências de publicidade se o que falo não é verdade.
Estão aumentando ainda mais o prazo de pagamento. Clientes sem ética e enganadores como uma grande empresa de bebidas ousam, nesse momento, aumentar ainda mais seus já aviltados prazos. E tem quem está aceitando, achando que os prazos no futuro diminuirão. Não haverá futuro.
Tem mais coisas acontecendo, mas meu texto não está aqui para agravar o que já é grave.
Pois bem. Está claro que, em momentos de crise é que surgem as oportunidades, ok?
Então, estou convocando você que reclama de tudo pelos cantos, que inferniza o pessoal da sua agência com ameaças, que desabafa por e-mails com os coleguinhas, que escreve no Face frases de efeito e de ordem, reclamando da vida, a aproveitar o momento para entender de vez que sozinhos, individualmente, não somos NADA. Convoco-os para serem um todo na Ampro.
Isso mesmo. No seu Estado, na sua cidade, se você não é associado, associe-se. No Rio, estou buscando esse encontro com agências, algumas participativas na nossa entidade, a maioria, nem tanto, falam muito da Ampro, mas, se convocarmos uma reunião, ninguém aparece ou manda os subalternos, que nada podem decidir.
A maioria das agências não participa, mas somente juntos com um só discurso e ideal poderemos convocar clientes e colocarmos as cartas na mesa, não como agência isolada ou entidade de sombra, cujos associados, por interesse, para esse mesmo cliente abordado pela Ampro dizem: esquece o que eles falam. Não dá em nada.
Não adiantam gritos fortes, mas únicos, não assustam dragões, muito menos clientes. Como grupo forte, unido e com ideais comuns, anseios comuns e fechado em determinadas ações, tipo, dar nomes dos clientes que não respeitam as agências para uma lista interna de abordagem da Ampro, por exemplo, podemos provocar mudanças. A Ampro não existe sem as agências.
Quando o cliente nos vir unidos e fortes como a ABP, a Abap, o Sinapro e outras entidades fortes, podem até não mudar, mas vão reduzir os desmandos e se preocupar como que fazem, pois vão parar na mídia e na boca do mercado.
Juntos, podemos discutir caminhos. Sem os egoísmos, infelizmente normais de nosso mercado, podemos construir uma pauta comum de reivindicações. Podemos dividir iniciativas que estão dando certo com outros, podemos dar a luz para pequenas e médias empresas – estou em contato com o Sebrae, por exemplo, para ajudar as do Rio.
Enfim, não vamos sucumbir. As Agências Live trazem mais que novidade para o mercado, trazem a possibilidade de custos otimizados, pois podem propor ações diversificadas para potencializar venda, que é o que deseja o cliente.
Investir no que não se queria, se dispensava, há tempos atrás, como as “coisas pequenas”, aquelas que deixávamos para qualquer um fazer (Ai, isso me lembra as agências de publicidade, criando o tal bellow. Olha no que deu!) pode ser uma saída. Buscar trabalho nas feiras e congressos que não param de crescer, ativando marcas ou na arquitetura promocional, investir em ações em outras regiões emergentes, como o Nordeste, podem ser soluções viáveis e inteligentes.
Mas só você pode, junto com outros, num grupo forte, escolher os caminhos, pois só você sabe o que está acontecendo com sua agência e com seu mercado.
Só nesse final de semana, ouvi ou li de um ex presidente, de um líder religioso e de um professor a mesma frase: Acabou-se o tempo das intenções, das discussões e dos planos. É HORA DE AÇÃO!
Ação para votar certo, retirando do poder que afundou a economia, não colocando quem não propõe ações concretas no lugar. Ação para se associar e ser forte. Ação para participar do Promoview, mandando sua opinião e respondendo às nossas pesquisas. Ação para, independente de tudo que escrevo, juntar gente no seu Estado, na sua agência, para que, fazendo diferença, as coisas aconteçam.
Lanço, despropositadamente, o slogan PROMO AÇÃO JÁ! Por um mercado Live melhor e para todos. Vá lá em #promoacaoja e dê ideias e participe. Ou escreva para o Promoview suas ideias de mudança. O que você escrever vai parecer aqui.
A gente pode não mudar o cliente, mas pode mudar o mercado, assim como podemos mudar o País. Questão de escolha, e ação.