Únicas agências a se apresentarem na concorrência da Caixa para administrar sua conta promocional, Terruá, EA e Promova acabaram confirmadas pela estatal, para gerir a sua verba anual de promoções estabelecida como sendo R$ 86.661.544,17.
Essa concorrência LC 1699-2020-GILOGBR foi aberta em 2018 e depois trancada, na época da eleição do presidente Bolsonaro.
Desde lá vinha motivando protestos do mercado, com a Associação de Marketing Promocional inclusive, pedindo alterações no edital, o que a Caixa não aceitou.
A razão deste movimento foi a margem mínima oferecida na licitação. Em conversa com a reportagem do Promoview, os diretores de duas das agências que vinham atendendo esta conta até 2017 e não quiseram se identificar confirmaram a inviabilidade da operação: “a conta não fecha”, afirmou um deles. “Agências que aceitam condições como estas deveriam ser punidas pois enfraquecem todo o mercado” , afirmou outro
Confira o que acontece no universo das agências aqui.
Entre os questionamentos — que talvez tenham fortalecido aquela baixíssima participação das agências de marketing promocional — estava a Caixa definir, como teto de remuneração, um percentual de 5%, quando o tradicional do setor sempre foi atuar na faixa de 15%.
Em-novembro, quando da entrega de propostas, a Janela até comentou que, como o edital previa exatamente a contratação de três agências, ou a Caixa aceitava contratar as três que apareceram, sem desclassificar nenhuma, ou teria que abrir nova licitação!
Os contratos foram assinados pela Caixa com as agências a partir de 19/01/2021, pelo prazo de 12 meses, renováveis até 60 meses, como define a lei 8.666/93.
As agências serão responsáveis por fazer o serviço de planejamento, conceituação criativa, criação de peças promocionais, produção de campanhas, eventos, ações para o público externo e interno e também de monitoramento de todas essas etapas.
O contrato vale para toda a extensão do território nacional brasileiro e ainda abrange o braço internacional do Banco.