Dias estranhos.
E a gente imaginando que íamos ver mudanças. De postura, atitude, ação…
Vemos, na verdade, o que cada uma guarda dentro de si.
O bom é que podemos nos precaver dessas marcas e párias quando tudo acabar.
Lembram dos donos de tudo, que tudo podiam, faziam, omitiam, mentiam, se faziam de superiores, pagavam em mais de 30 dias… Lembram?
Eles eram Tudo. Hoje, são Nada, como todos, iguais que sempre foram.
Lembram das agências gigantes, superiores, maiores, que tudo podiam, que não seguiam, mas pediam para serem seguidas?
Hoje, fazem parte. Algumas, ainda não. Na falta de consciência, publicam o sem noção.
Lembram dos fornecedores que, interesseiros, nunca foram parceiros, “bypassadores”, matreiros, que te deixavam na mão?
Hoje, choram migalhas, em vão.
Lembram dos colegas traíras, cheios de mentira, capazes de tudo para tirar o seu da reta?
Estão com o seu na reta, sem apoio nem meta.
Lembram do mercado indiferente?
Hoje, ele sente que sempre fomos um só.
E as concorrências marmeladas?
Hoje, tudo é nada. Com duas agências ou cem, nada tem!
Lembra quando era fácil cancelar?
Mas como cancelar a vida, Se a vida se faz ao adiar?
Lembram dos filhos, pais e mães, amigos e irmãos?
Voltamos a dividir o pão.
Lembram dos pequenos com fome, lembram do homem?
Dividir virou jargão.
Lembram de pensar, meditar, dormir e sonhar?
A casa hoje é lugar.
Trabalhar nela te consome?
Que bom, porque o mundo é home… office.
Lembra da prece falada, cantada?
Pode dizê-la, repeti-la…
Porque, hoje, Tudo é Nada!
Ficou mudo? Relaxe! Pode até chorar, mas sorria…
Porque hoje, seu nada é tudo.