Tem umas palavras e expressões que ganham corpo e alma, viram o Chuck, e, na falta de algo inteligente a dizer, todo mundo usa qualquer m…
Disrupção era uma, já teve break-even, commodities, coach, core business, enfim.
Estamos na época da retomada, novo normal e outras menos cotadas.
Ah, home office, ia esquecendo…
Daí, pensei em apalavrar, num texto, algumas delas e dar um approach, a partir do samba do dito approach, para ver se algo faz sentido.
*“Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat”
Eu desejo fazer uma abordagem, enquanto fazemos nosso desjejum, porque na hora do almoço estarei num barco, almoçando.
Que palavras você anda usando nas conversas coloquiais, no seu dia a dia?
Estão te entendendo?
“Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight”
Se eu tenho habilidade para resolver problemas, deve-se especialmente por eu ser leve na maneira de viver.
E mesmo na minha casa tudo sendo moderno, continuo tendo meus estalos bem humanos.
“Já fui fã do Jethro Tull
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash”
O Rock não me errou e não erra, até hoje está em mim.
Sou uma pessoa calma, descontraída, embora, no passado, tenha sido um homem escrachado, baixo nível mesmo.
Na vida, encontrei meu break-even, depois de uma live com meu coach.
Em isolamento compulsório, saquei que tudo é commodities.
E meu core business é ser kaizen.
Se você não me entendeu, fique tranquilo. Não é para ninguém entender mesmo.
Aliás, o home office está sendo questionado por médicos e cientistas como o Doutor Jaderson Costa da Costa, diretor do Instituto do Cérebro da PUC- RS.
Ele afirmou, em recente entrevista, o seguinte: “O trabalho invadiu a nossa casa. Estamos trabalhando muito mais, o tempo passa mais rápido, não conseguimos fazer tudo e ficamos cansados.”
Acontece com você?
E isso está acontecendo porque, em casa, a gente não para pro tradicional cafezinho da firma, não sai pra almoçar caminhando, pensando, conversando, relaxando.
Não tem aquele papo nada a ver com o amigo, esquece de tomar água, e tem lives que nos obrigam ao olhar fixo na tela, ao invés de olhar para todos os cantos e pensar, pra fingir que está prestando atenção no chato falante prolixo. Nosso cérebro pirou com tudo isso, segundo o neurocientista.
Pior, temos que ouvir as tais palavras de gente que tá com o computador aberto no Google para escolher qual falar.
Vem aí novo normal. Vai mandar um, com certeza. Precisamos fazer a retomada, arguirá outro gênio.
E só o normal será novo, não precisará de etc e tal?
E se o normal for voltar atrás, ao passado, humanizar mesmo. E aí?
Economize água e energia, lave as mãos menino, sinta o vento e respire, coma o necessário e devagar, caminhe, ande de bike, tire tudo da tomada!
Isso tudo porque o NOVO NORMAL pode ser mais velho que tudo.
E a retomada pode ser andar pra trás.
Ah, entendi!
Seria uma Ré tomada.
Onde andar para trás será o futuro…
*Samba do approach é uma composição de Zeca Baleiro.