Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, resolveu cancelar o carnaval de rua da cidade neste ano. Ele chegou à decisão após uma reunião com a produtora cultural Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, associação organizadora dos blocos de rua do Rio.
O evento estava programado para ocorrer no fim de fevereiro e no começo de março. A razão para o cancelamento é a pandemia da Covid-19 e a escalada nos casos da doença nas últimas semanas.
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A Ambev, patrocinadora do evento, havia notificado a Prefeitura do Rio em relação à necessidade de uma decisão sobre se o carnaval de rua na cidade iria ou não acontecer.
“Somos apaixonados pelo carnaval, mas o cenário ainda exige muita cautela. A saúde das pessoas deve vir sempre em primeiro lugar. Diante do surgimento da nova variante de Covid-19 ao redor do mundo, contatamos as prefeituras parceiras e outros grandes realizadores do carnaval para termos clareza sobre o calendário da festividade. Continuamos seguindo e endossando as recomendações médicas e sanitárias e das autoridades locais para uma celebração segura e responsável”, declarou a cervejaria em comunicado.
A respeito das apresentações das escolas na Marquês de Sapucaí ainda não há uma decisão. Em 2021, o carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba no sambódromo foram cancelados.
Para Rita Fernandes, as apresentações do secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, que foram feitas no decorrer da reunião, formaram a base para a decisão pelo cancelamento: “A questão sanitária sempre norteou a posição dos blocos sobre ter ou não carnaval”, assegura ela.
Kiko Horta, do Cordão do Boitatá, afirma que as pessoas estão ansiosas para pular no carnaval de Rua, mas lembra: “Se a ciência não recomenda vamos cancelar. O importante é saúde das pessoas”, aponta.
Henrique Brandão, do Simpatia é Quase Amor, deixa claro que, frente aos dados científicos, o bloco vai aceitara decisão: “O Simpatia sempre defendeu a ciência. Estamos do lado da saúde das pessoas antes de qualquer coisa”, disse Brandão. Para o Simpatia, aliás, o respeito pela ciência é algo fundamental. O primeiro homenageado, quando for possível, será Aldir Blanc, uma das vítimas da Covid-19.