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Rock in Rio 40 anos: o que mudou nas ativações de marca do festival

Volte ao passado e descubra como as ativações se tornaram o que são hoje após anos de muita experiência em festivais

Os festivais de música evoluíram para muito mais do que artistas no palco. Eles se transformaram em experiências imersivas que envolvem a todos, e é impossível falar disso sem mencionar o Rock in Rio, afinal, são 40 anos de história. Criado na década de 80 a pedido da Brahma para o lançamento da Malt 90, o festival estreou com uma edição que durou 10 dias ininterruptos.  

Já naquela época o evento tinha como um dos propósitos servir como uma ponte para aproximação das marcas com o público, criando uma conexão instantânea e genuína com quem estivesse participando do festival. Marcas como Coca-Cola, McDonald’s, Nestlé, e América Online causaram um impacto marcante na Cidade do Rock, que conseguiu reunir um público de mais de 3 milhões de pessoas em 1985, 1991 e 2001

Nos Estados Unidos, festivais de música como Woodstock (1969) e o Monterey Pop Festival (1967) marcaram o início da presença de marcas nesses eventos, ainda que de forma sutil e com foco quase exclusivo no line-up. Essas experiências pioneiras abriram caminho para a inserção de ativações de marca. Já o Lollapalooza, criado em 1991, foi um dos primeiros festivais a incorporar de maneira mais moderna as ativações, com estandes e espaços interativos, além de exportar a experiência para outros países

No Brasil as ativações começaram a se popularizar no início dos anos 90, com o aumento dos eventos de música e dos profissionais de marketing no país. Festivais como o Skol Beats (iniciado em 2000), Planeta Atlântida (iniciado em 1996), e o próprio Rock in Rio, serviram como meios para as marcas se conectarem com o público que frequentava esses lugares em busca de entretenimento. 

Anteriormente as marcas limitavam-se a exibir seus logotipos e distribuir brindes em festivais, como foi no Woodstock em 1969, onde algumas marcas aproveitaram o evento para distribuir alguns produtos, mesmo sem ativações formais. Em 1970, as marcas já começavam a apostar mais fichas, patrocinando palcos e criando áreas exclusivas para convidados e alguns consumidores, onde ofereciam acesso privilegiado e reforçavam os compromissos e valores da marca. 

Nos anos 1980 e 1990, as pessoas começaram a experimentar promoções relacionadas a esses eventos, que geralmente ocorriam antes ou durante o festival, oferecendo prêmios como ingressos, viagens e produtos. Como era o caso do Hollywood Rock, que realizava esse tipo de promoção, incentivando a interação do público antes mesmo do evento começar. 

Hoje em dia as ações são muito mais interativas e imersivas, proporcionando experiências que envolvem não apenas o público presente, mas também aqueles que acompanham o evento por meio das plataformas digitais, criando experiências que impulsionam o compartilhamento nas redes.  

Há 10 anos, por exemplo, algumas marcas já ousavam ao levar experiências inusitadas para os festivais, o que naquela época era considerado inovador e até pioneiro. Essas ações servem, até hoje, de inspiração para os projetos atuais, consolidando o marketing de experiência como uma poderosa ferramenta de engajamento com o público. 

O novo agora 

Após o desafiador período de distanciamento social, as pessoas passaram a buscar intensamente novas experiências, o que teve um impacto profundo no setor de eventos. O retorno dos grandes festivais trouxe repercussões que foram muito além das bilheterias, com edições memoráveis em várias áreas. No entanto, ao olharmos para o passado, é impossível não reconhecer a importância do que foi construído anteriormente. 

Neste ano, o Rock in Rio não só terá ainda mais experiências de sucesso, como também irá além, com marcas superando expectativas e oferecendo ao público um leque ainda mais diversificado de entretenimento. O festival evoluiu para se tornar uma plataforma multifacetada de experiências imersivas e criativas, reafirmando cada vez mais o propósito do evento de enriquecer e celebrar ainda mais a cultura.