Rubens Barrichello chegou ao segundo título da Stock Car neste domingo (11) em Interlagos. O piloto ficou em segundo na primeira corrida, superou uma batida no começo da prova final e, com adversários fora, garantiu a taça. Aos 50 anos, 6 meses e 18 dias, Barrichello se tornou o piloto mais velho a ser campeão na modalidade.
Assista a entrevista do eterno “Rubinho”
Depois de a vitória do estreante Felipe Baptista na primeira corrida, a disputa ficou para a última. Matías Rossi já havia abandonado a etapa por uma batida na saída dos boxes. Barrichello disputaria com Gabriel Casagrande e Daniel Serra.
Uma batida no começo da segunda prova tirou Serra da disputa e fez Rubinho rodar. Na relargada, Barrichello era 12º e Casagrande seguia entre as primeiras posições. A disputa logo foi resolvida após investigação apontar que foi Casagrande que desencadeou o incidente. O campeão de 2021 foi punido e bastou Rubinho terminar a corrida para ser campeão.
É a segunda vez que o piloto da Fulltime conquista o titulo da Stock Car. Ele já havia vencido o título em 2014. Em 2022, ele venceu três etapas, sendo duas em Goiânia e uma em Santa Cruz do Sul. Em Interlagos, o piloto encerrou a corrida às lágrimas.
Depois da corrida que o consagrou campeão, Barrichello não precisou analisar os 18.450 dias que já viveu para ser categórico sobre 11 de dezembro de 2022: “é o dia mais feliz da minha vida”.A comemoração depois da corrida iniciou em família. Rubinho foi abraçado pelos filhos e por integrantes da equipe Fulltime. Na sequência, vieram os abraços para o pai, a irmã, a esposa e a mãe, que o acompanhou enquanto ele falava pela primeira vez como bicampeão da Stock Car. “O coração deve estar a 197 km/h, estou muito feliz”, comemorou.

Barrichello nunca escondeu a emoção. Quando faltavam 16 minutos para terminar a corrida, ele já era acompanhado por lágrimas no carro. Mesmo com a celebração, o campeão lamentou a forma que a corrida terminou, sem os adversários pelo título. “Eu não queria que acabasse assim, porque, no final de contas, a gente estava tão bonito na pista. Nas primeiras voltas, mandei tudo que eu podia. Estava firme”, disse. “Me coloquei por fora e desci, esperei que ele (Gabriel Casagrande) fechasse, mas não tanto. Então acho que a decisão foi em cima disso”, comentou sobre o incidente no começo da prova final, que levou à eliminação de Daniel Serra e punição para Gabriel Casagrande. O outro finalista, Matías Rossi, já havia abandonado a disputa na primeira corrida.
Neste temporada, os triunfos vieram em Goiânia, duas vezes, e Santa Cruz do Sul. No Autódromo de Interlagos, a vitória não veio, mas garantir o título foi suficiente para que Rubinho “fizesse as pazes” com o circuito: “a gente quebra um tabu em Interlagos”, afirmou antes de demonstrar a gratidão aos fãs e apoiadores: “Só tenho a agradecer a todos que torcem por mim. É muita gente. Eu não sabia quanta gente. Muito obrigado”.
A comemoração veio aos risos quando Rubinho disse que vai tomar todo o champanhe que deixou de tomar nos últimos 40 dias. “Hoje é o dia, hoje é muito o dia”, repetiu sobre ser o auge da felicidade na vida.
