São Paulo e Penalty tem contrato até o fim de 2015, mas conversam sobre a rescisão antecipada desde o primeiro semestre de 2014.
O tema veio à tona quando o presidente Carlos Miguel Aidar, recém-eleito, falou sobre problemas e disse que o clube negociava com Adidas, Puma e Under Armor para 2015 – outros membros da diretoria falaram sobre atrasos de pagamento.
Recentemente, clube e empresa convocaram uma entrevista coletiva no Morumbi para tentar amenizar a guerra interna e anunciar o lançamento da última camisa da carreira de Rogério Ceni. O que era para ser um episódio de paz, no entanto, virou a gota d’água para que a relação chegasse ao limite.
Foto: Reprodução/Google.
Na semana passada a Sing, empresa de comunicação contratada pela Penalty, enviou à imprensa por correio eletrônico um convite para uma entrevista coletiva de Rogério Ceni, que aconteceria no dia 24/11, na qual o goleiro de 41 anos de idade anunciaria a aposentadoria.
O informe, que não havia passado pelo São Paulo, caiu como uma bomba porque o goleiro começava a dar os primeiros sinais que existia alguma possibilidade de repensar a aposentadoria.
No mesmo dia, o presidente Carlos Miguel Aidar condenou a atitude da Penalty enquanto apareceu concedendo uma entrevista à FOX Sports vestindo um agasalho da Reebok, antiga fornecedora do clube. Rogério Ceni, ainda mais enfático, disse que ninguém poderia escolher por ele a data da aposentadoria.
Para resolver as questões, Carlos Miguel Aidar convocou uma reunião para tratar com a Penalty. A tentativa é acertar a rescisão de contrato para esse fim de ano, para que o São Paulo já comece 2015 com outro fornecedor – Puma e Under Armor são as favoritas.
No dia 24/11, também vazou a imagem daquela que seria a tão polêmica última camisa de Ceni. O vazamento mais uma vez irritou a diretoria do São Paulo e o estafe do goleiro, segundo relatado ao UOL Esporte.
O clube diz que o modelo é esse que de fato aparece nas fotos, mas que a cor é ligeiramente diferente do cinza chumbo que aparece na imagem. O clube fala em um “cinza petróleo”. O estafe do goleiro afirma que a arte produzida pela Penalty, impressa num banner, novamente não passou por aprovação interna.
O presidente Carlos Miguel Aidar disse à reportagem às 19h no dia 24/11, que não participou de reunião com a Penalty. Outras três pessoas do clube, incluindo diretores, informam que houve encontro entre o presidente e a empresa para antecipar a rescisão do contrato.
Venda das Camisas
Em meio às polêmicas, os torcedores não param de comprar o modelo, mesmo que ele ainda não tenha sido oficialmente apresentado.
A camisa de “despedida” de Ceni, que foi colocada em pré-venda e ofertada a lojistas, já teve 20 mil peças vendidas. O número não é confirmado pela Penalty, que não vai comentar o assunto após a polêmica em torno da camisa.
Como o uniforme está tendo bastante procura, São Paulo e Rogério também perdem dinheiro com um eventual cancelamento de seu lançamento. A estimativa é de que a camisa possa gerar R$ 4 milhões em vendas.
Atualmente, as três partes têm discutido o que podem fazer para superar a crise e manter o planejamento inicial. Uma alternativa estudada no momento é fazer com que a camisa seja usada apenas no último jogo de Rogério, mesmo se ele não vier a acontecer neste ano.