Experiência de Marca

Ser criativo não é dom. Mas não é pra qualquer um não

Portanto, aos que ainda não entenderam o óbvio, aí vai nosso “toque”: onde quer que você trabalhe, onde quer que você esteja, qualquer que seja sua função, procure ser criativo.

É muito estranho, risível mesmo, a mania que tem os pragmáticos de tentar minimizar a criatividade, a partir do pressuposto, ainda que com certa verdade, de que criatividade não é dom e ponto. Assim, a partir dessa máxima, eles desvalorizam os criativos.

Li recente reportagem, excelente por sinal, da Info, enviada a mim pela querida Tamara Araújo, onde a professora Gysela Kassoy “mata a pau”, explicando de vez que: “A criatividade pode tanto ser desenvolvida quanto bloqueada; está relacionada mais a um modo de encarar o mundo do que a um gene ou iluminação transcendental e é a capacidade de utilizar suas faculdades mentais para solucionar um problema e não um dos sinônimos para inteligência”.

Tudo verdade mesmo. Criatividade não é um dom, mas sem ponto, ok. Porque também é uma verdade, queiram ou não, que algumas pessoas, dotadas, claro, das características acima, sabedoras ou não delas, têm mais aptidão inata a desenvolver ideias criativas que outras. Ou seja, é preciso sim respeitar e admirar talentos que têm na criatividade a mola propulsora de suas ações.

Delano D’ávila e Gabriel Heusi são dois exemplos do que falo. O primeiro, diretor de Arte consagrado, o segundo fotógrafo talentoso, escolheram desenvolver, encarar o mundo de maneira especial e solucionar problemas de suas profissões com uma leveza e um toque tão especiais que se transformaram em artistas no que fazem.

Delano, hoje, vive da pintura, de traços marcantes e individuais que começaram em layouts brilhantes de anúncios e cartazes. Ele bem podia ser hoje o diretor de Criação de qualquer agência, mas a arte o chamou de vez.

Já Gabriel encontrou na câmera, em cobertura de eventos como as Olimpíadas Militares, corporativos, esportivos, de design e de pessoas ângulos e luzes que surpreendem os clientes e fazem de suas fotos, mais que o registro puro e simples de momentos. Ou seja, sendo criativo, ele segue o briefing e faz melhor.

Quando perguntei o que era a fotografia para ele, me respondeu que “Era uma maneira dele se expressar e os seus olhos vendo as coisas.”

Dentro dessa “visão” ele faz magia, transcende o mundo e quero decupar melhor o que ele faz num texto mostrando melhor o seu trabalho. Aliás, quem quiser ver o que eles fazem, basta entrar nos links http://www.delanodavila.com.br e www.gabrielheusi.com

Usei esses artistas, e podia usar vários diretores de arte e redatores também, para mostrar aos pragmáticos de plantão, que tentam reduzir a criatividade a um limbo da ciência do meramente explicável e realizável, que, guardadas as devidas proporções, todos podem ser criativos sim, mas, infelizmente, só alguns o serão ao nível de terem reconhecidas suas “obras”. E estes vão ganhar um espaço de destaque, sim senhor, no mundo das descobertas, dos inventos, do belo e da vida.

Os criativos sempre foram invejados, alguns odiados, na história. Geniais e geniosos, pintores, músicos, escritores e poetas, redatores e diretores de arte, bailarinos e cantores eles nos mostram o quão pequenos somos em não encontrar no mundo uma beleza recheada de olhares mágicos.

Portanto, aos que ainda não entenderam o óbvio, aí vai nosso “toque”: onde quer que você trabalhe, onde quer que você esteja, qualquer que seja sua função, procure ser criativo. Se der, ótimo. Se não der, tenha capacidade de reconhecer que existem pessoas que são diferentes, nem melhores nem piores que você, e que podem com você (e pra você) descortinar um mundo novo e belo, gostos e admirável. Ou seja, una-se a eles, tenha-os por perto.

Bem pertinho mesmo. Na vida, no amor, na dança, no papo, no sexo (por que não?) e no trabalho eles podem fazê-lo melhor, e transformar em encanto o que era simplesmente “o normal”.

A luz é de todos, mas o brilho, infelizmente para os pragmáticos, é de alguns mesmO.