As duas palavras são constantes no nosso dia a dia, mas podemos achar vários conceitos para cada uma delas. No entanto, temos um consenso, que não devemos idealizar projetos inovadores sem mensurar seus impactos no futuro das próximas gerações.
Uma das mudanças culturais mais importantes do nosso tempo que estamos testemunhando é a evolução de um capitalismo que se concentrava apenas em maximizar valor aos acionistas no curto prazo para um capitalismo cujo foco tem sido maximizar o valor compartilhado no longo prazo.
Os millennials querem um trabalho que lhes ofereça uma oportunidade para dar sentido às coisas, com propósito, não só para ganhar dinheiro. E eles também são consumidores, e, logo mais, investidores.
Para o varejo alcançar este patamar, os investimentos em inovação são cruciais, até mesmo em momentos de crise. As operações com lojas físicas utilizam a tecnologia para integrar todos os pontos de contato com o consumidor, com o objetivo de proporcionar uma experiência multicanal agradável independentemente do canal que o cliente escolha para interagir, gerando soluções para facilitar o processo de vendas.
E essa constatação – multicanal – já é uma realidade nos shopping centers, que agora precisam exercitar toda sua criatividade para repensar sua vocação, diversificar suas opções de serviços, que já contemplam clínicas, laboratórios, faculdades, coworkings e até igrejas. Verdadeiros complexos multiusos.
Apesar dos dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers) indicar que a expansão física do setor continua, com previsão de 23 novos lançamentos ainda para este ano, a questão que fica é para onde está se transformando este modelo de negócio.
“Depois da experiência de ofertar o serviço de entrega de refeições para os clientes do Shopping Santa Cruz no início do ano, a BRMalls tornou-se sócia majoritária da récem criada Delivery Center, plataforma de vendas on-line que utiliza shoppings como centro de distribuição. Ao invés de comprar um eletrodoméstico em um site varejista que vai programar a entrega a partir de centros de distribuição que geralmente ficam fora dos núcleos urbanos, o produto sai da loja do shopping mais próximo da casa do consumidor. O projeto só fica mais forte e ganha escala se outros shoppings aderirem. A vantagem para o consumidor é a rapidez, e, para o shopping, aumento de receita.” (Fonte: Valor- Especial SC 28/06/18).
Este exemplo já em prática, nos indica um início no caminho ao encontro da teoria, do capitalismo consciente, que tem como base o tripé dos Ps: Lucro (Profit em inglês), Pessoas e Planeta.
Temos que desafiar o óbvio e o fácil ao mesmo tempo que ficamos de olho no custo, pois estamos falando da vida real e não utópica. O caminho é fazer diferente para sua empresa sair na frente em inovação e sustentabilidade na cadeia de valor.
Tais “reconceitos” são intitulados de a quarta onda, também conhecida como economia sustentável. É a escolha de cocriar novos relacionamentos e interação entre ecossistemas humano e natural.
Temos que nos questionar, não só para encontrar respostas. E sim, exercitar a nossa mente para formular perguntas. Cada um de nós tem que encontrar a sua resposta para manifestar continuamente processos de transformação e inovação sustentável.
E o primeiro passo é saber fazer a pergunta certa.
E você? Está preparado para a quarta onda?