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Os shopping centers e o desafio do mentoring

O normal da relação entre o shopping e os lojistas é essencialmente locatícia, e portanto, sua relevância oscila de acordo com a oferta e demanda.


Estamos presenciando um momento de mudanças abruptas e radicais que envolvem a transformação de sistemas inteiros entre países e dentro deles. Isso também acontece em empresas, indústrias, varejo e em toda sociedade, causando um impacto sistêmico.

Diante desse cenário desafiador e levando em conta as dificuldades que os varejistas estão enfrentando, destaco a importância dos administradores de shopping centers no processo de retomada das atividades, pois realizam um protagonismo análogo ao de um grande facilitador, similar a uma mentoria, onde ajudam e apoiam as empresas a encontrar soluções em meio à crise econômica intensificada pela pandemia.

O normal da relação entre o shopping e os lojistas é essencialmente locatícia, e, portanto, sua relevância oscila de acordo com a oferta e demanda. 

Nesse cenário inédito, não há exceção para essa situação: o estado de simbiose entre ambos exacerbou-se. O momento é de darmos as mãos e segurar firme para ser possível seguir em frente.

Temos observado cases de muita relevância no mercado, entre eles podemos citar o caso da parceria entre brMalls e Endeavor, que adaptaram um programa pioneiro de apoio ao varejo a essa nova realidade de mercado, o ‘brMalls Partners’, que funciona por intermédio de mentorias e conexões tanto com os mentores da Endeavor, quanto com os líderes da brMalls.

Para Camilla Junqueira, diretora-geral da Endeavor Brasil, ajudar essas empresas é uma forma de garantir inovação e emprego no Brasil. 

“Apoiá-los, principalmente agora, para que sigam crescendo e trocando sobre as principais dores de crescimento é a melhor forma de promover um ecossistema saudável e preparado para a retomada econômica do país.”, diz a executiva na entrevista da Revista Exame/PME.

A nova modalidade drive-thru, e, principalmente, os cines drive-in, também são bons exemplos do resultado de um engajamento profundo entre shopping e lojistas. 

Essas experiências nos mostram que quanto mais os gestores de shopping conhecerem de verdade as dificuldades e possibilidades de cada operação, mais soluções inovadoras e criativas podem surgir com frutos positivos para ambos. Já escutei de muitos lojistas a seguinte frase : “O problema não é saber o que fazer, mas não conseguir fazer o que o que sei que deve ser feito.”

Não seria possível discorrer em um só artigo as várias iniciativas criativas e efetivas que as administradoras vêm adotando, mas registro aqui minha admiração por todos esses profissionais que estão à frente dessa batalha se reinventando com maestria e agilidade. Fico muito feliz ao acompanhar a cada dia uma atitude inovadora e inusitada.

E como Susan David lembra: Temos que exercitar diariamente nossa agilidade emocional, abrindo espaço para reflexão entre o sentimento e a reação. Finalizo aqui, deixando um questionamento: “Com as mudanças que estão em curso, como nós queremos agir uns com os outros?”