Shopping

Shopping centers e a constante busca por inovação

Eu tive a oportunidade de acompanhar 3 grandes eventos on-line, em outubro, que colocaram os shopping centers e o varejo em debate.

Sem a pretensão de prover qualquer resenha, vou destacar aqui alguns temas sob o meu ponto de vista, mas quero deixar meu agradecimento e os créditos a todos os palestrantes e organizadores de cada um desses eventos: “Congresso Internacional de Shopping de Centers” ,” BConnected” e” O que o Futuro nos Reserva”, que na sua essência já largaram inovando em seu formato.

Muita gente boa junta só podia deixar nossa cabeça fervendo. Não faltaram insights, reflexões, aprendizados, esperança e muitas perguntas. Entre tantas e tantas coisas interessantes que escutamos, algumas causam mais ressonância naquele momento.

Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co, contextualizou a palavra “insurgência” ao comentar a mais recente compra do Grupo Reserva e a importância de aliar esse mindset de rebeldia à escala. 

Aliás, esses processos de aquisição/fusão, tanto para varejo ou shoppings sinalizam uma tendência relevante para a estrutura desse nosso mercado. Me lembrei de resgatar a minha “insurgência” que naturalmente está bem adormecida.

Tecnologia, inovação, criatividade, experiência e conexão foram temas profundamente explorados para se compreender como será o futuro e de que forma podemos contribuir. 

Transformar seu negócio de forma ágil e inovadora exige mudança de cultura e metodologia. De nada adianta, a melhor tecnologia, se o pensamento da alta gestão e dos colaboradores permanecerem no modo analógico. 

Muito embora os discursos e os planos tiveram de ser colocados em prática de forma acelerada, no susto, agora é o momento de implantar processos, programas de open inovation e estudar as startups como alternativas para inovação. 

E quando falamos de mudar cultura, obviamente a maneira como o empreendedor encara o risco e lida com o fracasso mostra muito o potencial de inovação da empresa.

A tarefa de ajudar a mudar o mundo é enorme, e são muitas as possibilidades, muitas as formas de fazer isso, porém uma das mais eficazes e fáceis de serem feitas é o interesse e o cuidado genuíno com o outro. E como bem falou Nizan Guanaes: “A melhor maneira de pensar em si é pensar nos outros.” Apontando aqui, uma tendência no segmento de bem-estar e qualidade de vida.

Os princípios do Capitalismo Consciente, também se mostraram imprescindíveis para o futuro do varejo. A acessibilidade que hoje temos, a um grau grande de conteúdo, sobre qualquer assunto, torna o consumidor mais exigente, o que irá demandar das empresas atitudes mais efetivas e transparentes, e com isso vamos precisar cada vez mais de líderes preparados para essa Nova Era.

De acordo com o filósofo Luiz Pondé, “Nós somos uma espécie relacional”, e com isso aposta na retomada da convivência social. Complementou, ainda, que os jovens não são menos consumistas, apenas migraram para objetos de desejos distintos.

O que é uma boa notícia, desde que os shopping centers estejam antenados para essa nova demanda e consigam atender às expectativas desse novo consumidor.

Mas o que me chamou atenção nessa palestra, foi a abordagem dele com relação a formatação do pensamento e do conteúdo digital a partir da medição do engajamento nas redes sociais,  que apenas fomentam aos usuários acesso a parte da realidade de mundo que os apraze, porém o varejista não pode confiar apenas nas informações advindas exclusivamente das redes sociais, uma vez que uma parte dos seus consumidores pode estar fora dessa realidade mostrada em sua rede social e também precisam ser levados em consideração.

E nesse universo de tamanha complexidade continuamos nossa jornada acreditando em um futuro promissor.

 

Foto: Marcin Kempa.