De acordo com um estudo realizado pela empresa de consultoria Markets and Markets, os investimentos em startups voltadas para o ambiente esportivo devem saltar de US$ 8,9 bilhões em 2018 para US$ 31,1 bilhões em 2024.
Para que as sports techs continuem ganhando escalabilidade, fundos como Bossa Nova e OutField têm olhado com atenção para o segmento, com a intenção de ajudar a transformar pequenos negócios em companhias de alto impacto no mercado.
O segmento de sports techs vem crescendo em ritmo constante no Brasil, mas ainda está em estágio de aprendizado aos olhos de investidores e entusiastas, devido a uma série de questões culturais e estruturais do nosso país.
Como empreendedor, vejo que ao mesmo tempo que a inovação deve atender as maiores carências do setor, instituições esportivas têm dificuldades para sair da zona de conforto e abraçar a evolução por meio da inovação. Hoje temos algumas lideranças encabeçando este movimento, mas há espaço para novos adeptos.
A pandemia do novo Coronavírus tem impulsionado a adesão da transformação digital no esporte, uma vez que atividades tradicionais que antes eram realizadas de maneira presencial, como por exemplo as famosas “peneiras”, agora passaram a ser realizadas no formato digital com o apoio da tecnologia.
Acredito que neste período atípico que estamos vivendo, aqueles que conseguirem se adaptar mais facilmente e manterem em seu dia a dia todas as novas experiências e conhecimentos que foram adquiridos, terão maior trunfo daqui para frente.
Uma vez que a transformação digital tem sido, aos poucos, estabelecida no ecossistema esportivo, outros desafios ficam em evidência e podem se tornar oportunidades de negócios disruptivos. Arrisco dizer que este é um dos melhores momentos para tirar ideias do papel.
Por natureza, os empreendedores conseguem se adaptar em momentos de crise e resistir em períodos incertos e com as sports techs isso não é diferente.
Se você tem uma equipe comprometida, além de um negócio novo, com potencial de escala e capacidade de retorno, você tem quatro pontos fundamentais para chamar a atenção de um investidor.
A experiência e o conhecimento também são extremamente valiosos para o sucesso da jornada empreendedora. A meu ver, em certos casos, o “Smart”, do Smart Money, tende a ser mais agregador a uma empresa que está começando do que um próprio investimento financeiro, pois os investidores contribuem com a sua bagagem e know-how e apresentam uma rede de contatos capazes de acelerar ainda mais o crescimento da startup dentro do mundo do esporte, algo que acaba sendo essencial para um ecossistema que ainda está em transformação.
O mercado de sports techs no Brasil está crescendo bastante, e, de uma certa maneira, já está começando a mostrar o seu potencial para o mercado.
É normal encontrar barreiras, mas desistir não pode ser uma opção. Aqui, vale a máxima: Grandes mercados não são construídos do dia para noite.