Representantes de diversas marcas de streetwear se reuniram nesta noite de quarta-feira, 30/11, para discutir a situação da moda de rua no Brasil. O debate aconteceu durante a terceira Semana Balaclava que movimenta o segmento de design de Florianópolis nesta semana. Nascida do skate, a moda de rua pode ser considerada um lifestyle, um estilo de vida. No entanto na visão dos participantes do painel essa moda ainda é muito segmentada, e geralmente ligada aos praticantes do esporte. Estiveram no evento Felipe Vital, da URB Tradeshorw, Anthony Nathan, da ÖUS, Renato Guidolin, da Storvo, Victor Moraes, da Aesthetic Art, Rafael Dávila, da Korova e Carlos AJ Pereira, da Laboratório fantasma.
Reconhecendo sua presença ainda localizada em certos nichos de mercado, as marcas de streetwear dividem-se entre exclusividade e popularização. “Vemos o comportamento da molecada e boa parte dessas pessoas querem algo único para se sentirem exclusivas. Não queremos que uma pessoa use o produto por se popularizar, queremos que entenda o conceito da marca” afirmou Carlos. Já Rafael Dávila não vê conflito entre a popularização e o entendimento do conceito. “Não vejo conflito na popularização da marca no geral. A marca tem uma função social. Toda vez que eu penso em streetwear e penso na nossa marca eu penso nas nossas calças na 25 de março. Ano passado lançamos uma calça que a falsificação vendeu mais que a nossa original. No início quando vimos a falsificação ficamos incomodados, mas depois um tempo pensamos que tínhamos chegado num ponto que era sensacional”, explica.