Os ambientes corporativos por si só são locais de intenso convívio social, no qual a comunicação é essencial para uma performance plena, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo.
A comunicação nos permite a conexão com o outro, e vai muito além, ela pode gerar relacionamento.
O sociólogo francês Dominique Wolton afirma que “Informar não é comunicar!”, já que não visa diretamente estabelecer alianças.
A escolha dos meios torna-se vital para a propagação da comunicação. É preciso identificar por quais veículos conseguiremos atingir pessoas alvos, adaptando-se as suas especificidades para que a mensagem siga sem ruídos.
Além disso, a seleção de palavras e dos gestos torna-se fundamental para lavrar a compreensão e unir interesses e esforços.
As palavras, nãos só representam significâncias, elas traduzem muito mais. Refletem estilos e sinalizam crenças e valores humanos, denotando a sua identidade.
Repertórios vastos com vocabulários ricos permitem uma facilidade de maior expressão. Porém, como tudo na vida, há o outro lado: as escolhas inadequadas das mesmas, além de prover incompreensões pode afugentar interlocutores.
Em uma Era em que o próprio avanço tecnológico alardeia o tempo das comunicações, vivenciamos embates, confrontos e violências verborrágicas e em muitos casos, o silêncio, denotando desprezo e menosprezo pelos pensamentos dos outros, campo infértil para o diálogo e o bem viver social.
A triagem das palavras está interligada ao contexto da inteligência emocional e acaba por si só revelando muito da personalidade de cada um de nós.
As palavras utilizadas para transmitir mensagens, pensamentos, orientações, sentimentos e até mesmo ordens carregam muito de nós mesmos. São capazes de nos identificar e corroborar com a imagem que nos farão ser percebidos pelos outros.
Com essa lógica, é necessário muita cautela e responsabilidade com o uso das palavras.
Independente dos nossos cargos, posições empresariais e/ou governamentais a observação natural e zelosa com a articulação e empoderamento das palavras, da maneira como serão expressadas tendem a tornar-se um ímã de atratividade ou de ojeriza.
As palavras em uma simbologia simples podem ser comparadas a peças de um quebra cabeça. Ao unir cada pedaço estamos criando uma visão que deverá ser respaldada no contexto que está inserida.
Há espaços, lugares e juízos institucionais que demandam postura e compostura que podem até divergir da sua configuração, mas exigem respeito e empatia pelo coletivo.
E isso não tem indícios de falta de autenticidade, pelo contrário, está carregado de uma metanóia, uma verdadeira mudança de mentalidade, onde o egocentrismo cede a vez para a harmonia e civilidade em grupo.
É mais que uma estratégia comunicacional sagaz. É uma decência e elegância colaborativa, que diz muito sobre nossas intenções e propósitos.
Por isso muito cuidado!
A escolha sempre será sua… assim como as consequências da mesma.
Usemos as palavras como luzes e não trevas!
O mundo precisa de um tempo de delicadezas, já que as grosserias e perversidades – na atualidade – dominam planaltos, megalópoles, organizações, poderes e até lares.
Tudo passa… contudo, as palavras mesmo em uma oratória falada, que o tempo e o vento, poderiam levá-las para longe, deixam marcas, cicatrizes não só nas memórias, mas também, nas almas e nos corações, mudam posições e apoios, desagregam e podem acabar de vez com reputações de baixa probidade.