Nos perdemos nas justificativas e porquês de um texto.
Fatos geram textos, sonhos geram textos, ilações geram textos. Mas quem melhor que leitores para analisar isso?
Imaginem textos prontos, esperados, dizendo o que todos sabem, tipo jornalismo previsível de todas as noites quando, dependendo do canal, você sabe exatamente o que vai ouvir?
Foto: Divulgação.
As pessoas querem ler e se surpreender. Por isso, preferem romances que tragam coisas novas, ideias novas, histórias novas.
Alguns criticam, mas leram para criticar. Outros adoram e talvez nem tenham lido tudo, pois que as redes sociais viraram para alguns o lugar perfeito para poupar a leitura de textos, assim como, durante um tempo, os filmes eram tidos como os livros em cenas.
Nada, mas nada mesmo, substitui o incrível prazer de viajar em textos e construir seu próprio roteiro. Nada é melhor que exercitar o cérebro na busca de prós e contras, da razão e da lógica de artigos que, talvez, nos façam mudar de ideias ou mesmo consolidar outras.
A censura que, por muito tempo, nesse País, impediu que textos, livros, peças e roteiros ganhassem dimensão de vida, acréscimo de conhecimento, opção do contraditório, visões diferentes de um mesmo fato, engessou mentes, criou fanáticos, gerou robôs acadêmicos e gente-papagaio em Facebooks da vida a repetir o que nem mesmo sabem o que é.
Daí, quando resolvemos escrever aqui no Promoview tivemos o aval total da redação e da direção para que não nos tornássemos joguete na mão de gente com texto fácil, previsível, quiçá enviado para ser dito daquele jeito, como se fosse opinião, mas que, na verdade, é texto pago para sair como legítimo para que se acredite nele.
Não fazemos assim, não somos assim. Podemos até ter posições que nos afastem de marcas, de agências e de gente, porque não aceitam nada que não seja o que querem ouvir e ler. Mas só falamos o que sentimos, vivemos ou acreditamos, ainda que, é claro, sejamos passíveis de estar errados.
Quando estamos no pleno contraditório, ouvimos o outro lado e o deixamos falar. Se eles quiserem, claro, porque, se se sentirem ultrajados, difamados ou humilhados, cabe-lhes o justo caminho que acharem melhor.
Bom que se saiba que toda e qualquer posição minha, nem sempre é a posição da redação ou da empresa. E o que é dito aqui no Promocitários é de minha total responsabilidade.
Só uma empresa séria como o Promoview, preocupado em mostrar um mercado de verdade com suas contradições e diferenças seria capaz de nos permitir isso.
Essa é a razão pela qual estou aqui há tanto tempo. E quando me perguntam porque nao estou em outro lugar respondo: Aqui sou livre para escrever!
Escrevo o que penso, arco com o que escrevo e o Promoview age como legítimo órgão de Comunicação e posta meus textos.
Qual dos outros órgãos do mercado podem dizer que fazem isso sem medo que alguém diga: não era aí?
Quais textos e outros lugares você pode confiar que refletem 100% a opinião de quem o escreve. Garantir que não foram cortadas frases ou mesmo parágrafos inteiros ou até que quem os escreve é quem os assina?
Hoje, meu texto defende os textos livres, a mídia livre, os articulistas, autores, compositores e espaços livres, como Eu tenho voz! dizer sem medo que sempre lemos as verdades de cada um, ainda que, eventualmente, discordássemos delas.
De cada um mesmo, repito, porque não existem verdades absolutas e nenhum autor ou escritor pode se arvorar de ser donos delas.
A verdade é o resultado de todos os textos sobre o mesmo assunto, a favor ou contra, pois que constitui a opinião diversa e contraditória de gente com livre-arbítrio para falar e escrever, e outro tanto de gente com o mesmo livre-arbítrio para ler, gostar, odiar, concordar, discordar ou simplesmente querer responder.
O silêncio e a concordância é que matam, embotam, enganam. Não há como todos concordarem em e com tudo.
Como diria Nélson Rodrigues: Toda unanimidade é burra!
Eu acrescentaria: Toda burrice vem de quem lê, discorda, e cala!