Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020 vão usar tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 300 mil pessoas que vão trabalhar na organização do evento.
O anúncio foi feito num evento para a imprensa ao lado de executivos da empresa de tecnologia NEC, que será responsável pela criação e implementação do sistema inédito.
A medida será adotada para agilizar o acesso de atletas, treinadores, dirigentes, voluntários, mídia e organizadores dentro das arenas onde acontecerão os jogos.
“Nossas arenas não têm necessariamente espaço para as pessoas esperarem a checagem de segurança. Como, na hora dos eventos, esperamos um grande número de pessoas, o tempo para a checagem será curto. Então, decidimos adotar o reconhecimento facial.”, disse Tsuyoshi Iwashita, chefe de segurança dos Jogos.
A maior preocupação dos japoneses não é nem tanto com o controle de quem estará adentrando as arenas, mas evitar que quem vai trabalhar nos Jogos, especialmente os atletas, fique longo tempo esperando em filas.
O maior temor é por conta do calor que costuma fazer em Tóquio durante o verão, época do evento.
O sistema criado pela NEC está sendo batizado de "NeoFace". Para ele funcionar, a empresa deverá receber previamente fotos de todas as pessoas que vão trabalhar durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Todas elas terão um chip instalado na credencial olímpica, que vai automaticamente verificar sua identidade.
A implementação do sistema faz parte do projeto de Tóquio 2020 de ser reconhecida como a Olimpíada “mais inovadora da história”. Esse foi um dos pilares mais defendidos pela cidade durante sua candidatura para abrigar o evento.