Por causa dos recentes embargos econômicos impostos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país asiático, a Nike não fornecerá chuteiras aos atletas iranianos.
"As sanções significam que nós, como uma companhia norte-americana, não podemos fornecer calçados aos jogadores da seleção nacional do Irã neste momento.", explicou a empresa, em um comunicado.
Com isso, jogadores que são patrocinados pela Nike, como o atacante Saman Ghoddos, terão que usar calçados fornecidos por outras empresas – a gigante norte-americana calça cerca de 60% dos atletas da Copa 2018.
O fato irritou o técnico do Irã, Carlos Queiroz, que reclamou publicamente.
"Os jogadores se acostumam a usar seus equipamentos esportivos pessoais. Não é certo que tudo seja mudado a uma semana de uma partida importante.", disparou o português, que recorreu à organização do Mundial.
"Pedimos ajuda à Fifa para vir ao nosso socorro com esse problema.", ressaltou.
A Fifa ainda não se pronunciou sobre o tema.
As sanções econômicas vem atrapalhando a vida da seleção do Irã há tempos. O time sequer tem um fornecedor de material esportivo, usando camisas da Adidas compradas com descontos, em um esquema semelhante ao de alguns clubes brasileiros.
Além disso, diversos adversários desistem de marcar amistosos contra o país asiático, ou desmarcam partidas previamente agendadas, o que fez Queiroz reclamar ainda mais.
"Tivemos imensas dificuldades (na preparação para a Copa). Esta nossa preparação, comparada às de outras seleções, é quase uma brincadeira de Walt Disney, um passeio.", ironizou.
"Sem jogos de preparação, com equipes cancelando as partidas de preparação com motivos muito pouco claros, pressões enormes… Foi muito difícil.", complementou.
O Irã estreia no Mundial na próxima sexta-feira, às 12h (de Brasília), contra Marrocos, em São Petersburgo.