Tem muitas coisas que começam assim: em branco. Uma folha de papel, um bloco de mármore, uma tela no computador, uma tela para pintar, um muro para grafitar ou um cursor pulsando esperando você comentar, postar, criticar, mandar uma mensagem ou apenas opinar nas redes sociais.
Mais do que o espaço ou o suporte que está ali a espera do começo de um projeto, trabalho, obra ou até mesmo um texto, e-mail ou planilha, começar – conceitualmente falando – significa enfrentar também o branco das ideias, dos pensamentos, dos insights e dos assuntos, ou seja, começar.
E quem nunca teve aquele “branco” na hora de falar, escrever, responder ou começar algo? Quem nunca emperrou na hora de começar a trabalhar alguma coisa? Quem nunca sentiu aquela desconcertante sensação de que tinha acordado “brocha” e não consegue ter nenhuma ideia boa por um longo período?
Não vou teorizar aqui sobre os motivos, já que podem ser vários: cansaço, cabeça trabalhando com muitas coisas ao mesmo tempo, insegurança, medo, dúvida, pressão, ambiente hostil, sentir-se como foco das atenções ou sob um olhar mais crítico, falta de foco e concentração, necessidade de novas referências e informações ou simplesmente um pequeno momento em que o nosso valoroso e muito exigido cérebro pede pra dar um tempo e te diz: “Peraí, deixa eu dar um restart, que depois eu funciono!”
Se não bastasse a gente discutir isso dentro do nosso contexto interno, imagine então, o quanto o processo é potencializado pelo ambiente externo?
De locais pouco inspiradores, passando por estações de trabalho muito expostas e sem nenhuma privacidade, chefias e áreas interessadas tentando a todo momento ver “como anda o projeto”, ruídos, distrações e um dos grandes “ladrões de tempo”: as redes sociais?
A fórmula da criatividade pode ser resumida como: repertório (informação) x manipulação criativa (que eu chamo de técnica e vem junto com a experiência). Mas hoje colocamos coisas demais no nosso HD cerebral.
Uma boa parte ainda pode ser útil, mas a gente sabe que tem muito espaço está sendo ocupado por uma série de coisas, preocupações, interesses, dados e referências que pouco ou nada ajudam a estarmos mais alertas e prontos para o desafio de começar algo, por exemplo.
Cada um faz o que quiser com o seu tempo, mas usuários diários de computadores que somos, sabemos a falta que faz mais memória, maior espaço em disco, uma supervelocidade de processamento ou um desejado update na nossa máquina.
E cérebro é na nossa máquina. E faz quanto tempo que você não faz um update nele?
Por que você não dá uma limpada nos arquivos que não precisa mais? Apaga da memória aquelas lembranças que não te ajudam em nada? Elimina aqueles crenças e convicções antigas que ainda hoje te empatam?
Retira decididamente aquelas pessoas da agenda que realmente não acrescentam nada na sua vida? Expulsa de vez as lembranças mais tristes, trocando-as por todos os momentos mais felizes que você se lembra? Reformata suas opiniões e pensamentos? Atualiza a versão das suas percepções e instala um software que não o trate como uma inteligência artificial, mas como uma inteligência natural que preserva os melhores sentimentos e intuições, mantendo ainda um olhar além das aparências ou seja: tudo aquilo que algoritmo nenhum consegue fazer.
Muito vem sendo estudado no nosso cérebro hoje em dia. A neurociência, o neuromarketing e outras tantas abordagens nos descortinam um mundo incrível que pouco conhecemos, mas hoje eu queria falar de duas em especial, são técnicas das chamadas novas abordagens terapêuticas ou quânticas, e vêm de desdobramentos científicos que por sua vez também vieram de uma mudança da mentalidade mais acadêmica para uma pauta mais atual e humana. Afinal, as pessoas mudaram muito, e é mais do que preciso flexibilizar as abordagens e a forma com que lidamos com as pessoas, isso também precisa ser atualizado.
Vou falar primeiro de uma técnica chamada Barra de Access, criada por Gary Douglas e Dr. Dain Heer. É um conjunto de ferramentas e processos que já mudou a vida de milhares de pessoas em mais de 170 países e é conhecido por “Access Consciousness”.
Vou resumir o que esta técnica faz: imagine que você faça uma formatação do seu HD (cérebro) e em seguida faz um “defrag”, sabe aquele software que dá uma ajustada nos arquivos para que fiquem compactados e não deixem muito “espaço vazio” entre eles? É essa a sensação ao final de uma sessão de uma hora, onde você fica deitado e um terapeuta treinado pela Access, toca com os dedos em regiões da sua cabeça, trazendo muito relaxamento e a sensação descrita acima.
A outra técnica é o EFT (Emotional Freedom Technique), criada por Gary Craig e também conhecida por “Tapping”. Uma técnica incrível que por intermédio de pequenas batidinhas em pontos estratégicos do corpo permite que você tire desde uma dor persistente, até limpar memórias, sensações e traumas que lhe tragam algum tipo de desconforto.
Eu conheço estas técnicas há muitos anos, continuo usando-as e também as aplico juntamente com o processo de mentoria sistêmica.
Que tal eliminar sentimentos e sensações que estejam te dando aquela sensação de “Xi, deu um branco”? Muitos profissionais e empresas já estão fazendo isso, o que você está esperando?
Vai esperar dar branco de novo?