O fato mais curioso das campanhas de incentivo com premiação, é que o dinheiro vale menos do que pensamos por natureza, quando se trata de motivação, experiências e sentimento no longo prazo.
Mas como assim? Exatamente: pesquisas em diversas empresas que realizam programas de incentivo comprovam que a sensação de valor de um prêmio non-cash (não-monetário) é sempre muito maior e duradoura.
Reconhecer um colaborador por meio da entrega de dinheiro é perigoso e ineficaz por diversos motivos. O primeiro é que o prêmio pode ser confundido com salário, quando deveria ser apenas um bônus.
Se a quantia recebida é vista como um complemento à remuneração, as pessoas vão passar a contar com esse valor adicional todos os meses, sem entender que ele é um presente. Isso desvirtua o próprio objetivo de uma campanha de incentivo.
O verdadeiro incentivo é proporcionar uma experiência, uma sensação que será lembrada por vários anos, algo que realmente seja associado ao resultado de um bom trabalho. Essa relação produz uma motivação mais duradoura, mais significativa.
É lógico que dinheiro traz desejo e também pode comprar (ao menos a sensação de) felicidade temporária, além de ajudar a resolver problemas como pagar contas.
Mas pagar uma conta é mais um processo e não se cria uma experiência única de memória e desejo. Trabalhar para pagar contas já é dever do dia a dia. O que alguém que se supera quer é muito mais do que o básico, certo?
Uma viagem para outro país, por exemplo, deixa na memória lembranças de descobertas e novos amigos. Um sofá escolhido em um catálogo de prêmios, ou qualquer outro objeto que possa ser desfrutado pelo colaborador e sua família, são lembretes físicos que irão fazer com que o presenteado se sinta feliz com sua recompensa por muito tempo após recebê-la.
Além disso, quem recebe esse tipo de reconhecimento “não-monetário” em geral não sabe direito qual o preço do item recebido. Se sua experiência for boa, isso agregará um valor muito maior ao que foi gasto no prêmio. A impressão que o participante terá é de que recebeu algo de valor inestimável, pois é isso que a premiação significará para ele.
Vou listar 5 vantagens que os prêmios não-monetários tem em relação ao prêmio em dinheiro:
Valorizabilidade – Quando apresentados corretamente, este tipo de prêmios despertam a imaginação e agrega-se valor ao que realmente custa. Isto é, dá para fazer um prêmio não monetário parecer muito mais valioso do que ele custou, embalando ou entregando de forma especial, por exemplo. Além disso, você não sabe quanto custou com certeza um jantar ou uma viagem, ou até mesmo um produto – pode até ter uma ideia, mas não sabe.
Separabilidade – Permite separar reconhecimento de recompensa. Dinheiro traz uma sensação direta de remuneração e salário. Se você ganha prêmio em dinheiro todos os meses, vai ser complicado desvincular na sua cabeça a diferença entre o salário e o prêmio. Vai terminar empenhando tudo sempre na economia familiar.
Sentimento de culpa menor – Não há culpa em gastar o prêmio, mas com o dinheiro é diferente. O dinheiro tem um fator econômico que qualquer outro prêmio perde por ser mais como um presente. Em exemplo: Se você ganhasse R$ 10.000,00 a chance de gastá-lo indo em uma viagem para Las Vegas é bem menor, pois você tem a opção de guardá-lo, pagar contas, emprestar ou dar a familiares e etc. Se você ganhasse uma viagem para Las Vegas, não teria escolha, teria que viver aquela experiência e este fato vira até uma própria desculpa para usufruir mais.
Fator social – As pessoas não ficam envergonhadas ou receosas em falar sobre experiência e prêmio – como pode acontecer com grana. Isso potencializa as vezes que as pessoas vão comentar sobre o prêmio e guardar a experiência na mente.
Temática – Numa campanha seja de incentivo ou promocional, o fato de usar um prêmio não monetário pode ajudar a criar uma temática ou a compor a temática da campanha. Você pode fazer uma campanha de tema aventureiro, por exemplo e premiar com um binóculo ou viagem de aventura.