Neste Dia Internacional da Mulher, a Skol decidiu lançar uma campanha para retirar de bares cartazes antigos da marca com a estereotipada imagem da mulher retratada como objeto sexual.
"Isso não nos representa mais", anuncia o vídeo que foi lançado nesta quarta-feira (8) nos canais digitais da marca.
Oito artistas mulheres foram convidadas para fazerem releituras de pôsteres antigos da marca e a Skol está pedindo que as pessoas indiquem bares com cartazes machistas ainda pendurados na parede para que seja feita a substituição.
Não é de hoje que esse tipo de propaganda incomoda muita gente e tem sido alvo de críticas. Aos poucos, as marcas de cerveja em se esforçando para mudarem a forma de representação da mulher.
Em seu novo posicionamento, a Skol passou a adotar desde o último verão a assinatura "Redondo é sair do seu quadrado", em que já procurava dar um enfoque mais plural para a clássica fórmula praia, sol e piscina.
Skol diz que cartazes de campanhas antigas como essas incomodam e não representa mais o posicionamento da marca Skol diz que cartazes de campanhas antigas como essas incomodam e não representa mais o posicionamento da marca.
Skol diz que cartazes de campanhas antigas como essas incomodam e não representa mais o posicionamento da marca.
A campanha de agora não chega a ser um pedido de desculpas pelas peças do passado, mas representa de certa forma um marco, à medida em que a empresa admite que as peças do passado eram machistas e que imagens sexistas não mais a representam, e também a incomodam.
"Não é uma forma de pedir desculpa, é uma forma de evoluir junto com o mundo, sem negar o que aconteceu de fato", disse ao G1 a diretora de marketing de Skol, Maria Fernanda de Albuquerque. "É uma virada de página. É uma megarreflexão de olhar e admitir que não faz sentido aquilo existir", acrescenta.
Segundo ela, cartazes com mulheres seminuas como o das imagens acima já não fazem parte das campanhas da marca há pelo menos 10 anos, mas continuam sendo encontrados em bares pelo país, principalmente fora dos grandes centros.
“Chega uma hora que esses cartazes passam a incomodar”, afirma a diretora. "É uma coisa que naquele momento funcionava, mas que hoje não faz mais sentido, não conversa com os valores da empresa muito menos com os jovens".
Skol convidou artistas mulheres para fazerem releituras de peças publicitárias antigas da marca.