Falar em “gerar vínculos com o mercado” virou moda. Todo mundo está falando que sabe fazer mas será que todos sabem, para começo de conversa, o que significa isso?
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Vínculo tem a ver com mágica. E mágica tem a ver com símbolos.
Para Joseph Campbell, “o símbolo atua como um botão automático que libera energia e a canaliza”; para Carl Gustav Jung, “símbolos liberam energia relacionada a uma imagem coletiva”. Para uma marca efetivar vínculos, o primeiro ponto é trabalhar bem sua imagem e seus símbolos para que gerem reconhecimento imediato e potente no imaginário coletivo.A partir daí é que se podefalar em criação conexões, circuitos e redes poderosos, que podem ser ativados e desativados com o uso adequado desta simbologia nas mais diferentes frentes de comunicação — métrica que vale para tudo: de um post a um mega evento.
Não é surpreendente que a geração de vínculos está todas as culturas, nos mais diversos momentos, nos mais variados rituais, do começo ao fim da vida?
Sempre que lembrados, respeitados e repetidos estes rituais têm múltiplas funções: celebram momentos especiais, marcam ciclos reconhecidos, formatam homenagens relevantes, valorizam conquistas memoráveis, sempre atando e desatando a grande teia das relações humanas. O mesmo vale para as relações mercadológicas, envolvendo pessoas e marcas: todas as marcas almejam atar laços — materiais e figurados — com seus stakeholders, manter uma relação estável e contínua e ser reconhecidas imediatamente por seus dons e dádivas, de forma a gerar emoções mais envolventes e conversões mais eficientes.
Eis o truque:entender a simbologia da sua marca e fazerbom uso da geração de vínculos gerando momentos mágicos com seus públicos de interesse.
É fato: as pessoas historicamente criam vínculos com coisas e situações — produtos, serviços, acessos, sites, cartões, grifes, eventos, treinamentos, congressos,imersões, gifts…— com os quais criam empatia. No fim do dia todo mundo quer vantagens exclusivas, quer benefícios diferenciados, quer se sentir parte de uma comunidade, ser feliz e bem tratado e atendido.
Por isso, minha gente, ser a marca mais lembrada no top ofmind pode significar apenas que a empresa é um grande anunciante, nada mais. Que tipo de vínculo esta marca está gerando? Que símbolos está utilizando e despertando a cada troca com o mercado? Que qualidade de memória pretende eternizar?
Dica dada. O espetáculo é com você, respeitável público. Show time!
*Adaptado do LivroEconomia das Dádivas, de Marina Pechlivanis (Alta Books 2016)