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Agência de Kiev tenta trabalhar em zona de guerra

Depois de um mês de conflito, a agência criativa Banda, vencedora do prêmio Cannes Lions, conta como tem sido a vida sob o cerco.

Mesmo quando os tanques russos faziam fila na fronteira da Ucrânia, a agência criativa Banda não acreditava que uma invasão estivesse iminente. “Pensávamos que isso nunca aconteceria”, diz o designer Danya Nesterevych. “Porque é impossível imaginar uma guerra na Europa… em 2022“.

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Um mês depois, ele se mudou para ficar com sua avó em Vyshneve, perto de Kiev. Agora, dos 80 funcionários da Banda, apenas 10 permanecem na capital sitiada. Dez fugiram para os países vizinhos, com o resto espalhado pela Ucrânia.

Diretamente-do coração do conflito, a agência baseada em Kiev lançou dois filmes em resposta à invasão, com mais lançamentos a caminho.

O primeiro, lançado quatro dias após o início das hostilidades, é um pequeno vídeo destacando o impacto devastador sobre o país; o segundo manifesta gratidão pelo apoio internacional.

“Todo esse apoio que temos de outros países está nos ajudando a vencer”, diz o diretor de negócios Dmitry Adabir. “É muito importante para nós sentirmos este apoio”.

“O mundo inteiro precisa estar pronto para trabalhar com a Ucrânia, porque temos muitas pessoas talentosas em todos os campos, desde TI até design, publicidade e música. É um bom momento para estarmos mais conectados com o mundo inteiro. Para nos encontrarmos, nos aproximarmos”.

Depois de chegar a Praga, a diretora de criação Alexandra Doroguntsova diz que a mensagem atual da Banda não é perguntar o que está acontecendo hoje, mas salvar o futuro. “Estamos tentando salvar a empresa e continuar a trabalhar. Estamos à procura de novos clientes em todo o mundo. Temos uma chamada aberta para outra agência que possa nos ajudar em qualquer tarefa ou projeto, ou simplesmente nos emprestar algum dinheiro”.

Numa última mensagem para a indústria publicitária, a Abadir ressalta a necessidade de escolher valores em vez de negócios: “Hoje em dia, é uma grande batalha entre valores e dinheiro. Estamos lutando pelos valores ocidentais. Grandes empresas internacionais que ainda operam e comercializam na Rússia, escolhem o dinheiro”, conclui.

Com informações do Campaign UK