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Trade Marketing: realidade atual e principais tendências do mercado

Márcio Tavares, presidente da POP Trade Marketing, conta quais as maiores tendências e dificuldades que o mercado vem enfrentando.

Márcio Tavares, presidente da POP Trade Marketing, empresa líder de soluções de execução no varejo há mais de 18 anos no mercado, nos conta como foi a trajetória da agência para se tornar um grande sucesso da área, estando presente em todos os estados do país, e sendo premiada pelo quarto ano consecutivo pela Liga Brasil Promo., além e trazer quais são as principais tendências e realidade atual do Trade Marketing

Oferecendo soluções completas para as necessidades dos clientes, desde o planejamento estratégico até a execução no ponto de venda (PDV), o objetivo da agência é auxiliar as empresas a alcançarem seus objetivos de negócios, através de um trabalho focado na excelência operacional.

“Começamos nossa operação em 2005, trabalhando com degustação de produtos para a Nestlé DPA. A partir dali fomos expandindo nossa atuação para serviços de merchandising/reposição para grandes marcas do mercado, consolidando aos poucos nossa presença nacional e a capacidade de atender grandes clientes. Em 2009 nos reposicionamos como uma agência de trade marketing e passamos a integrar às nossas soluções serviços como geomarketing, segmentação, BI e treinamento. Finalmente em 2021 nos reposicionamos novamente como uma empresa Trade Tech, que usa a tecnologia a serviço dos seus clientes, na área de trade marketing. Acho que o que nos trouxe aqui foi entender que estávamos construindo uma grande empresa, e que isto levaria tempo. Assim, a resiliência, o inconformismo e o trabalho em equipe foram fundamentais para o nosso crescimento”, relata Tavares.

Sobre as estratégias mais usadas atualmente no trade marketing, ele comenta sobre os elementos que são indispensáveis para o processo: cobertura, produtividade e o combate à ruptura. 

“É financeiramente impossível atender todos os PDVs da mesma forma, seja do ponto de vista de investimento em ações, na alocação de materiais de merchandising ou na presença de promotores. Assim, focar em definir quais as lojas que dão o melhor resultado com o dinheiro investido é muito estratégico. Igualmente importante é identificar e criar clusters com lojas que tenham comportamentos semelhantes, ou que sejam geograficamente próximas para a busca da produtividade na logística, foco no atendimento e controle. Por último, o combate à ruptura de produtos na gôndola demanda uma inteligência de dados bastante sofisticada, na  tentativa de se tentar predizer, com os dados disponíveis, quais fatores impactarão na falta do produto no PDV”, afirma.

Durante a pandemia foi necessário que nos adaptássemos ao que estávamos vivendo no momento, sendo forçados a mudarmos diversos hábitos, em diversos âmbitos, e consequentemente no pós. Tavares afirma que esse processo transformou o mercado digital, o acelerando na compra de produtos e serviços. 

“O resultado disso agora, é que o shopper tem uma jornada muito mais complexa para a decisão de compra. Ela pode começar no físico e terminar no digital ou vice-versa. E o grande desafio é preparar o varejo e as equipes de trade marketing para interagirem com este shopper ainda mais e melhor informado e com mais pressa em adquirir e receber seus produtos e serviços”, ressalta.

Ele destaca que, nos últimos 10 anos, o Brasil vivenciou grandes transformações na área de Trade Marketing, impulsionadas por mudanças significativas como:

Digitalização e Transformação Digital

A adoção de estratégias digitais e o avanço da tecnologia impulsionaram a transformação digital no Trade Marketing. Empresas estão automatizando seus processos para serem mais eficientes e passaram a utilizar canais online, redes sociais e marketing por e-mail, permitindo alcançar um público mais amplo e melhorar a comunicação com os consumidores.

Personalização e Segmentação

Com acesso a dados e ferramentas analíticas mais robustas, o Trade Marketing passou a focar na personalização e segmentação do público-alvo. Empresas desenvolveram campanhas mais direcionadas, levando em consideração preferências e comportamentos dos consumidores, visando oferecer experiências mais relevantes e aumentar o engajamento.

Experiência do Cliente

A experiência do cliente tornou-se uma prioridade no Trade Marketing. Empresas investiram em estratégias que proporcionam experiências únicas e memoráveis, tanto em ambientes físicos quanto online, buscando aumentar a fidelidade do cliente e gerar recomendações positivas.

Omnicanalidade

A integração de diferentes canais de vendas, como lojas físicas, e-commerce, aplicativos móveis e redes sociais, foi uma mudança significativa no Trade Marketing. Empresas buscaram oferecer uma experiência consistente em todos os pontos de contato, permitindo que os consumidores comprassem de forma conveniente e ágil.

Data-Driven Marketing

A utilização de dados tornou-se fundamental no Trade Marketing. Empresas passaram a coletar, analisar e utilizar informações sobre consumidores e o desempenho das campanhas para tomar decisões embasadas. A análise de dados permitiu uma compreensão mais profunda do comportamento do consumidor, identificação de tendências e avaliação do ROI, facilitando tomadas de decisão mais ágeis.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social

Nos últimos anos, a preocupação com questões ambientais e sociais cresceu. O Trade Marketing incorporou a sustentabilidade e a responsabilidade social em suas estratégias, promovendo produtos e práticas mais sustentáveis e envolvendo-se em causas sociais relevantes.

“Essas mudanças transformaram a área de Trade Marketing no Brasil, impulsionando a inovação, a personalização e a eficácia das estratégias de marketing. Empresas buscaram adaptar-se a essas transformações para se manterem competitivas, alcançar maior produtividade e tomar decisões ágeis em um ambiente de constante evolução das expectativas dos consumidores”, concluiu Márcio Tavares.

Fotos: Divulgação