A palestra silenciosa, um formato de conferência, que ganhou destaque em eventos recentes como o Rio Innovation Week e o Experience Expo em São Paulo, oferece uma experiência imersiva aos participantes. Esse tipo de ferramenta permite que múltiplas palestras ocorram simultaneamente em um único ambiente, chamando cada vez mais atenção em diversos eventos, como congressos.
Esse recurso permite que várias palestras ocorram simultaneamente no mesmo ambiente, sem a necessidade de divisórias físicas. Os participantes utilizam receptores sem fio e fones de ouvido para escolher e ouvir o palestrante de sua preferência. Essa abordagem tem sido útil em eventos com limitações de espaço ou orçamentos reduzidos, permitindo que múltiplas sessões sejam realizadas sem interferências sonoras.
A modalidade de palestras silenciosas surgiu como uma adaptação do conceito de “silent disco”, que ganhou popularidade no final dos anos 90. Nessa época, os fones de ouvido sem fio eram usados em festas e baladas, permitindo que as pessoas curtissem a música sem som ambiente.
Com o tempo, essa ideia se espalhou e foi ampliada para diversos contextos, permitindo que hoje seja utilizada em eventos como conferências e reuniões, onde a necessidade de “curtir em silêncio” evoluiu.
Tradução simultânea
É importante destacar que acompanhar palestras com o uso de fones já era uma prática comum quando era necessário tradução simultânea. Eventos que trazem convidados de outros países, em geral, utilizam fones para garantir a acessibilidade do público à discussão proposta.
Todavia, enquanto na tradução simultânea os convidados estão ouvindo ao tradutor, que trabalha em uma cabine com isolamento acústico, na palestra silenciosa escuta-se o próprio palestrante. Inclusive, ao tirar os fones, escuta-se praticamente nada do que o(a) palestrante está dizendo, com uma impressão de que alguém o(a) colocou no “mute”, apesar de estar segurando um microfone.
Formato de áudio
A frase “o conteúdo em rádio está morto” não é verdadeira, especialmente considerando a evolução e adaptação contínuas dos formatos de áudio. No Brasil, por exemplo, o fenômeno dos podcasts teve um grande crescimento durante a pandemia, quando houve uma busca por novas formas de entretenimento.
Um estudo realizado pelo Grupo Globo revelou que o país ganhou mais de 7 milhões de ouvintes de podcasts entre 2019 e 2020. Atualmente, com o sucesso de programas como “PodPah” e “PODDELAS”, o formato se reinventou novamente, integrando-se ao vídeo e atraindo patrocínios. Além disso, episódios especiais têm sido gravados em eventos, como aconteceu no Lollapalooza, com gravações ao vivo de Podpah e Blogueirinha.
O consumo de conteúdos via áudio vem desde cedo, antes mesmo de existirem celulares e mp3, ele só foi evoluindo com o tempo, chegando ao ponto de ser integrado em eventos, sejam eles corporativos ou não.