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Salas Sensoriais nos estádios do Catar são refúgio para autistas durante jogos

Ambientes são relaxantes, inclusivos e contam com objetos para diminuir a ansiedade de pessoas com dificuldades cognitivas.


Só de olhar na TV já sabemos como a atmosfera de um estádio de futebol pode ser barulhenta, luminosa e repleta de elementos como fogos de artifício, sinalizadores e afins. Para muitos torcedores isso pode ser um paraíso, mas já pensou como isso pode sobrecarregar algumas pessoas?

Na Copa do Mundo do Catar esses cuidados foram tomados com a “Sala Sensorial”. Localizada em três estádios oficiais, o Al Bayt, Cidade da Educação e Lusail, esse ambiente é destinado para crianças e jovens adultos com autismo, dificuldades de aprendizado ou outros tipos de dificuldades sensoriais

As salas estão repletas de objetos interativos, móveis macios e fones que cancelam ruído, para aliviar a ansiedade dessas pessoas na hora dos jogos.

Fonte:-The Indian Express

“Ter um espaço como este é uma pausa. É como um abraço caloroso”, disse Raana Smith, co-fundadora da Sensory Souk, empresa sediada em Doha que trabalha com as salas sensoriais. “Todos devem ter o direito e a oportunidade de experimentar o futebol”, completa.

Além de objetos, a arquitetura da sala também foi pensada para o conforto de todos. Além das luzes mais fracas e coloridas, para relaxar e divertir, o local tem janelas que vão do chão ao teto, para que as famílias vejam o jogo de futebol, mas também se sintam à vontade para voltar para um local relaxante quando necessário, já que o grande objetivo é incluir gradativamente todos ao esporte mais amado do mundo.

Fonte: The Indian Express

Nos Estados Unidos, diversas ligas esportivas, como a NBA (basquete), NFL (futebol americano) e a MLS (futebol) já estão adotando esses ambientes, justamente para democratizar o esporte, sem preconceitos e independente dos problemas cognitivos. 

“Este é realmente um fenômeno mundial, uma vez que as pessoas compreendem cada vez mais o fato de que precisam de aumentar o apelo esportivo para todos os aspectos demográficos”, disse o Dr. Julian Maha, co-fundador da KultureCity, uma organização sediada nos EUA que tem ajudado equipes em todos os EUA com programas para visitantes com uma série de questões sensoriais, incluindo autismo.