Hoje, dia 8 de maio, é celebrado o Dia Nacional do Turismo. E nessa data, não podemos deixar de falar sobre os desafios do último ano para o setor.
Com a pandemia, o segmento teve que parar totalmente. Viagens nacionais e internacionais foram suspensas, e muitos países até mesmo fecharam suas fronteiras.
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Para se ter uma ideia, segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), de março a novembro de 2020, o prejuízo para o setor turístico brasileiro foi de R$ 245,5 bilhões.
O Natal foi afetado, assim como o réveillon. E já em 2021, grandes festas, como o Carnaval já foram canceladas, principalmente por conta da nova onda de crescimento de casos.
Mas-engana-se quem acredita que essa situação acontece apenas no Brasil. Outros países também estão com dificuldades de recuperar o setor.
É o caso, por exemplo, do Japão. Apesar de tudo indicar um controle superior no turismo do país, e as Olimpíadas de Tóquio iniciarem em julho, ainda existem várias restrições que estão afetando.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio, por exemplo, não irão receber turistas estrangeiros, o que irá gerar um grande baque na economia.
A expectativa era de que os 600 mil turistas estrangeiros que comparecessem a Tóquio para o evento esportivo, injetando, assim, US$ 1 bilhão na economia do Japão. Mas, com a proibição, o setor japonês deve enfrentar um grande baque.
Com isso, o que pode-se perceber é que o mercado de turismo ainda está sendo drasticamente afetado, depois de mais um ano de pandemia. Hotéis, empresas de linhas aéreas, parques e vários outros empreendimentos do setor têm lutado para se adaptar.
Contudo, ainda há muitos obstáculos que ainda precisam ser vencidos.
Como o Perse deve influenciar na retomada no mercado de turismo em 2021?
No Dia Nacional do Turismo, há uma “pequena luz no fim do túnel” que o setor está comemorando. Depois de 8 meses de atraso, foi sancionado o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
A iniciativa define uma série de ações para o setor turístico, e também de eventos, que visam auxiliar financeiramente de 6 milhões de famílias que atuam com essas atividades e que não tiveram qualquer tipo de suporte até então.
A nova lei abrange empresas e casas de eventos, hotelarias, cinemas, serviços turísticos, MEIs, entidades sem fins lucrativos e etc.
Segundo o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, entre 10 milhões e 20 milhões de famílias poderão ser alcançadas pela iniciativa.
O Perse autoriza desconto de 70% na dívida tributária das empresas de turismo e eventos, e permite parcelamento do valor restante em até 135 meses.
Contudo, o programa foi aprovado com vetos pelo presidente, o que ainda gera debate no setor. Além disso, outro fator que tem gerado discussão foi a demora para aprovação.
Isso porque, os setores de turismo e eventos foram os primeiros a pararem, e os últimos a receberem ajuda.
O que espera para os próximos meses?
Ao que tudo indica, os próximos meses devem ser de recuperação para o mercado de turismo. Com o avanço da vacinação em todo o mundo, a tendência é que as medidas sejam cada vez mais flexibilizadas.
Vários locais já estão aceitando a retomada de turistas. Contudo, alguns ainda mantém restrições aos países onde o número de casos ainda está fora de controle.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a entrada de turistas brasileiros ainda está suspensa. No caso, para entrar no país, é necessário fazer um período de quarentena em outro destino já liberado (como o México) e realizar testes de Covid-19 que mostrem resultados negativos.
Além disso, diversos países estudam a possibilidade de implantar o chamado “passaporte da vacinação”, como mostramos aqui no Promoview. O documento serve, basicamente, para comprovar que a pessoa tomou todas as doses da vacina do Covid-19.
No entanto, o cenário ainda é de incerteza. Tudo que resta ao mercado é esperar, e continuar se adaptando conforme é possível, para sobreviver.