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Itaipu apresenta projeto para tornar passeios 100% inclusivos

A implantação será gradativa, até 2024, com investimento estimado em R$ 406 mil.

O Complexo Turístico Itaipu (CTI) vai tornar todos os passeios à usina binacional mais acessíveis e inclusivos, com a adoção de novas tecnologias, adaptação de espaços e capacitação de pessoal para receber pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. 

As ações contemplam deficiências de natureza física ou sensorial (visão e audição).

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O projeto e o cronograma de intervenções foram apresentados no final de janeiro à área de Comunicação Social de Itaipu, gestora do contrato junto ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI-Brasil). 

A implantação será gradativa, até 2024, com investimento estimado em R$ 406 mil.

Entre-as mudanças, está a adoção de um intérprete virtual de libras, a língua brasileira dos sinais, na página do turismo de Itaipu na internet – conforme prevê a lei 13.146/2015. 

O sistema poderá ter acessado por dispositivo móvel ou desktop e dará maior autonomia a deficientes auditivos (alfabetizados apenas em libras) para obter informações e comprar passeios no site.

Outra novidade será a implantação de audioguias descritivos para deficientes visuais, com detalhamento de toda a visita, incluindo o filme institucional (que também terá intérprete de libras, além de legendas em português e espanhol). 

O aplicativo do audioguia está em desenvolvimento pela equipe do PTI e poderá ser baixado no smartphone pelos visitantes.

O PTI também pretende espalhar em áreas de grande circulação de visitantes mapas táteis (para deficientes visuais) e totens com vídeos em libras, contendo informações sobre compra de ingresso, procedimento de segurança, embarque, dados de produção de energia e até curiosidades sobre a história da usina.

Peças impressas em 3D, em escala reduzida, permitirão a deficientes visuais conhecer por meio do tato a forma das principais estruturas da usina, como a barragem, a caixa espiral (em formato de caracol) e o eixo da turbina.

O gerente-geral do CTI, Yuri Benites, explica que as adequações têm como objetivos promover a inclusão e mitigar desigualdades sociais, aumentar a satisfação dos visitantes e fomentar boas práticas de turismo e lazer acessível. 

“Fomos o primeiro atrativo turístico do Brasil a receber a certificação de qualidade ISSO 9001, em 2012. Queremos também torná-lo referência em turismo acessível, beneficiando o cliente e valorizando a marca institucional de Itaipu Binacional e do Parque Tecnológico Itaipu.”, complementa Yuri.

A superintendente de Comunicação Social e de Turismo de Itaipu, Patrícia Iunovich, diz que os investimentos refletem o novo modelo de concessão, que passou a vigorar em setembro de 2020. Até então, Itaipu e PTI mantinham contratos de comodato e prestação de serviços. 

“O Complexo Turístico assumiu encargos como, por exemplo, reformas, reforço de sinalização, implantação de novos produtos, e a acessibilidade faz parte do rol de responsabilidades.”, afirma Patrícia. 

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, lembra que o turismo é a principal atividade econômica de Foz do Iguaçu e a cidade deve estar preparada para receber todos os visitantes, com a mesma atenção e qualidade, independentemente de sua condição física. 

“A visita à usina de Itaipu é uma experiência incrível e deve estar disponível para todos. Por isso, nossa meta é eliminar qualquer obstáculo que ainda possa haver para os turistas. Queremos um turismo 100% acessível.”, finaliza o general. 

 

Fotos: Reprodução.