A Latam Airlines Group S.A. submeteu à corte judicial de Nova York na terça (26), um pedido de recuperação judicial e proteção.
Companhia aérea com a maior frota e rede de voos da América Latina, a empresa de origem chilena estaria atrás de um plano de recuperação judicial previsto no Capítulo 11 da lei de falências dos EUA, que permitiria a continuidade de sua operação enquanto um plano de compensação a credores é elaborado.
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O drama é fruto evidente da pandemia do Coronavírus, que forçou a Latam a paralisar rotas aéreas inteiras devido à crise.
Com a maioria dos voos cancelados e uma agenda de operação reduzida, a empresa estaria procurando formas de viabilizar um empréstimo de até 900 milhões de dólares para atender os credores.
O Bloomberg relata que o pedido de recuperação judicial lista 21 bilhões de dólares em ativos, além de 18 bilhões em passivos.
“Circunstâncias excepcionais levaram ao colapso da demanda global e não apenas forçaram a aviação a uma paralisação virtual como mudaram a indústria para o futuro próximo.” escreve o CEO Roberto Alvo em um pronunciamento sobre o caso.
De acordo com comunicado oficial da empresa, o processo criado em Nova York afeta os braços do Chile, Peru, Equador e Colômbia, que devem passar por uma reorganização voluntária nas próximas semanas depois de já terem demitido mais de quarenta mil funcionários e cortar 95% de suas operações.
Embora as filiais da companhia no Brasil, Argentina e Paraguai não estejam incluída, a Latam declara que no caso específico do primeiro ela estaria em “Discussão com o governo brasileiro sobre os próximos passos e suporte financeiro às operações.” para evitar que um pedido de falência similar seja submetido no futuro próximo.
Em resposta ao pedido, o Ministério da Economia do governo chileno declara que irá avaliar a “Conveniência e oportunidade de contribuir ao sucesso do processo da Latam.”
Este é o segundo caso das últimas semanas em que uma companhia aérea da região da América Latina entra com pedido de recuperação judicial no âmbito judicial estadunidense.
No começo de maio, a Avianca também precisou declarar o mesmo status perante a continuidade da pandemia, em que a empresa reduziu em até 95% a quantidade de voos e demitiu 1.400 funcionários.