Esse ano comemoramos o 41º Dia Mundial do Turismo, e, mesmo diante das atuais adversidades, essa data tão importante para nosso setor não pode deixar de ser brindada.
Porém, as perguntas que nos vêm de imediato é se realmente temos motivos para festejar, e, principalmente, como será fazer turismo a partir de agora?
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O momento é grave para o setor de turismo e hospitalidade, e, consequentemente, para todos os segmentos que ele impacta economicamente.
Apesar dos números da Organização Mundial do Turismo mostrarem que entre janeiro e junho de 2020, a quantidade de turistas estrangeiros no mundo diminuiu 65%, com 440 milhões de viajantes a menos em comparação com o mesmo período do ano anterior, o próprio secretário geral da OMT, Zurab Pololikashvili, afirmou já ser possível fazerem-se viagens nacionais e internacionais seguras em várias partes do mundo e afirmou ser “imperativo” que os governos trabalhem em estreita colaboração com o setor privado para recuperar o turismo.
No Brasil, os dados apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que o setor está operando com cerca de 14% da sua capacidade de geração de receita, porém vem reagindo e o turismo interno voltou a crescer quase 20% em junho.
Relatórios de ferramentas de busca na internet também demonstram o aumento do uso de palavras-chaves relacionadas ao setor, com índices semelhantes aos de março desse ano.
São números ainda tímidos, mas que demonstram que o brasileiro voltou a colocar novamente as viagens na sua lista de desejos possíveis.
Desde o início desse processo, tenho participado de videoconferências com os mais diversos atores que atuam no setor de turismo e parece unanimidade que a retomada das atividades será lenta.
A prioridade agora é realizar uma reabertura segura, dedicando total atenção às orientações das autoridades de saúde, obedecendo seus protocolos e recomendações.
Especialistas de todo mundo vêm analisando diferentes cenários, com e sem vacina e sugerem que o pior já passou, mas alertam que os picos podem continuar altos em alguns cenários, mas não tanto quanto foi em 2020.
A pandemia do Covid-19 levou nosso segmento a um ponto de inflexão e isso pode nos ajudar a concluir que é a nossa chance de refletir sobre as pendências da indústria do turismo nacional e uma oportunidade de seguir por uma direção mais desejável que, com o tempo, conforme as restrições temporárias forem suspensas, resultará no florescimento de um turismo mais esclarecido, responsável e ocupando o lugar que merece na economia brasileira.