A Prefeitura do Rio e a Secretaria Municipal de Esportes, em parceria com o Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB/Visit Rio), apresentaram na ultima terça-feira (31) o “Mapa de Oportunidades para o Rio de Janeiro nos próximos 10 anos”.
Fruto de um convênio com a 2IS, consultoria suíça que monitora oportunidades de eventos do segmento esportivo, o primeiro diagnóstico aponta 73 torneios de prestígio mundial que a cidade estaria apta a receber.
Para essa primeira fase da pesquisa, a consultoria fez contato com 42 empresas e federações e 53 organizadoras de eventos.
Entre os critérios considerados estão a atratividade turística, a disponibilidade de espaços existentes, a popularidade e a relevância socioeconômica.
Segundo estimativa do Rio CVB/VisitRio, se o Rio de Janeiro conseguir atrair os dez eventos mais relevantes da lista, isso poderia representar, em uma década, um incremento de cerca de R$ 15 bilhões na atividade econômica local.
“Um dos papéis da Prefeitura é a universalização do acesso ao esporte. Além disso, um aspecto fundamental para a construção da identidade carioca é o alto impacto dos eventos esportivos na trajetória da nossa cidade”, afirmou o prefeito Eduardo Paes.
“Hoje, o Rio tem um conjunto de equipamentos esportivos que permite trazer para cá grandes eventos, que podem ter um impacto econômico fantástico na cidade”, completou.
O estudo põe no radar da cidade eventos de impacto mundial. Na lista estão, entre outros, os seguintes eventos:
Mundial de Futebol Feminino;
Campeonatos mundiais de Basquete Masculino e Feminino;
- Mundial de Volêi;
- Mundial de Hipismo;
- Mundial de Ciclismo;
- Mundial de Atletismo;
- Jogos Pan-Americanos e da Copa dos Presidentes (Golfe).
A próxima etapa do planejamento orienta a candidatura da cidade como sede para esses eventos, assim como a produção de material de divulgação do destino e a participação em feiras nacionais e internacionais do segmento.
O calendário do RioCVB/VisitRio já conta com participação na SportAccord, um dos principais encontros esportivos do mundo; Smart Cities & Sport, Sports Summit São Paulo, SoccerEx, HostCity e Hosts & Federations Summit, entre outros.
O presidente do Rio CVB/VisitRio, Carlos Werneck, destacou que os investimentos em infraestrutura feitos pela cidade para receber a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 foram decisivos para a elaboração do diagnóstico.
Ele ressalta que esse legado reduzirá significativamente os investimentos necessários para atrair novos eventos.
“O investimento necessário para sediar eventos esportivos no Brasil hoje é pequeno se comparado ao que já se investiu para a formação de capital humano e para construção de estádios, arenas, aeroportos e toda infraestrutura física que temos hoje. Nossa ideia é que possamos avançar nesse nicho e explorar todo o potencial da cidade”, afirmou Werneck.
Além da infraestrutura física, a Copa e a Olimpíada também permitiram a qualificação de pessoal em padrão internacional.
Na Copa do Qatar, por exemplo, 350 brasileiros atuaram na organização do torneio, incluindo o CEO Adjunto.
O currículo desses profissionais é um dos elementos que integram o conjunto de condições para a atração de novos eventos esportivos.