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Turismo brasileiro tem queda de 50,3% e prejuízo de R$ 7,3 bi

Para recuperar o fôlego, acesso ao crédito é fundamental aos empresários nesta fase de retomada gradual.

O levantamento do Conselho de Turismo da FecomércioSP, com base em números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o turismo nacional sofreu queda de 50,3% no faturamento de julho, em relação ao mesmo período do ano passado. 

O setor registrou faturamento de R$ 7,2 bilhões, ou seja, R$ 7,3 bilhões a menos do que há um ano, quando o valor havia sido de R$ 14,5 bilhões. A previsão é de que estes resultados melhorem a partir de setembro, em decorrência dos feriados nacionais.

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Segundo a Federação, entre as atividades do setor, o transporte aéreo segue como o mais impactado, com queda anual de 78,1% e já acumula perda no ano de 46,7%. 

Os dados convergem com os últimos números divulgados pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), indicando que, em julho, a oferta de assentos no mercado doméstico caiu 76,3%, e a demanda, 78,9%. 

Na sequência, o grupo de alojamento e alimentação, que registrou retração de 54,5%, em julho, na comparação anual.

Para recuperar o fôlego, acesso ao crédito é essencial para os empresários obterem os melhores resultados na retomada. A aprovação e a sanção da Medida Provisória 963, que aportou R$ 5 bilhões ao Fundo Geral do Turismo (Fungetur), foi de extrema importância ao setor. 

O Ministério do Turismo e o DesenvolveSP fecharam um acordo para destinar mais R$ 400 milhões às empresas do setor no Estado. Os interessados podem requisitar os recursos de maneira direta pelo site, sem precisar passar por intermediários financeiros, o que ajuda na redução da burocracia.
 
Nos próximos meses, a tendência é de que agosto apresente um desempenho similar aos anteriores. Ao que tudo indica, o turismo nacional apresentará melhora em setembro, em decorrência dos feriados nacionais, como o da Independência do Brasil, no dia 7. 

Esse pode ser o ponto de partida para a recuperação do setor no País, já que há outro feriado importante logo na sequência, em 12 de outubro (dias de Nossa Senhora de Aparecida e das Crianças).

Embora algumas cidades e Estados tenham antecipado os feriados, ainda há espaços no calendário para os turistas aproveitarem, o que deve aumentar cada vez mais a procura por voos, sobretudo a partir de janeiro de 2021. 

Por isso, os empresários devem preparar desde já as suas ofertas e o planejamento de vendas, deixando sempre claro ao consumidor as condições de cancelamento, para que tomem a decisão correta na compra, a fim de evitar riscos desnecessários.
 
Dicas aos empresários

Nesta fase de reabertura gradual, o Conselho de Turismo da FecomércioSP aponta que a demanda por viagens de curta distância para regiões próximas dos grandes centros – seja Interior, seja litoral – está crescendo, uma vez que muitas famílias estão cansadas de ficar em casa e buscam viagens rápidas para ter mais espaço e lazer. 

Este é um fenômeno que tem sido chamado de “turismo de isolamento”, uma grande oportunidade para empresas de locação de veículos, transporte rodoviário, hotelaria, restaurantes, entre outros.
 
Ainda, é importante pensar que a realização de parcerias locais aumenta a possibilidade do estabelecimento de preços mais acessíveis, o que chama a atenção dos turistas. Ou seja, um hotel pode oferecer desconto de um traslado e um combo de alimentação especial de algum restaurante da região. 

Neste momento, não adianta pensar somente no próprio negócio, mas em toda a cadeia, para que mais recursos possam circular, e, com isso, contribuir para a geração de emprego e distribuição de renda.
 
Para minimizar os prejuízos, FecomércioSP recomenda também que os empresários se aproximem cada vez mais dos consumidores por meio das redes sociais, como o Instagram, a fim de apresentar as possibilidades de se realizar um turismo seguro. 

Assim, é importante informar, em tempo real, as medidas sanitárias realizadas, assim como a disponibilização dos serviços prestados, iniciativas que certamente despertam o interesse dos clientes por voltar a viajar, mantêm a credibilidade da empresa e reforçam a confiança do viajante.