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Turismo de luxo se consolida no Brasil

A Brazil Luxury Travel Association promoveu na tarde de 30 de agosto, a apresentação de seu anuário do setor. Segundo dados do estudo, 2017 registrou uma retração do mercado internacional enquanto observou um aumento do nacional.

A Brazil Luxury Travel Association promoveu na tarde de 30 de agosto, a apresentação de seu anuário do setor. Segundo dados do estudo, 2017 registrou uma retração do mercado internacional enquanto observou um aumento do nacional.

O perfil de visitantes dos empreendimentos de luxo da BLTA são majoritariamente brasileiros (65%), seguido pelos europeus (17%), americanos (12%), e latinos (5%). Mas esse cenário deve mudar já em 2018. Com a alta do dólar e a facilidade da emissão do e-visa, a tendência é que cada vez mais americanos venham ao País em busca do turismo de lazer e de luxo.

Segundo Simone Scorsato, diretora-executiva da BLTA, os números refletem o cenário político e econômico do Brasil. Outros fatores que contribuíram para o recuo dos visitantes internacionais foram o 'zika vírus' e a segurança. Ainda assim, os associados faturaram em 2017 um total de R$ 666 milhões.

“Apesar da redução no volume de estrangeiros, o que vemos de representativo no estudo é o número de funcionários que os empreendimentos de luxo mantém. Temos uma média de 2,7 funcionários para cada UH, enquanto na hotelaria tradicional esse número é menor que 1, ou seja, é um setor onde a demanda por serviços de qualidade é essencial. Outro importante fator é a que diária média e o RevPar são muito mais altos.”, comentou Simone.

Martin Frankenberg e Simone Scorsato, da BLTA (Foto: Divulgação).

O perfil de visitantes dos empreendimentos de luxo da BLTA são majoritariamente brasileiros (65%), seguido pelos europeus (17%), americanos (12%), e latinos (5%). Mas esse cenário deve mudar já em 2018. Com a alta do dólar e a facilidade da emissão do e-visa, a tendência é que cada vez mais americanos venham ao país em busca do turismo de lazer e de luxo.

Para Martin Frankenberg, presidente da BLTA, esta é uma oportunidade que será interessante para o segmento. “O dólar alto faz com que o Brasil seja mais atrativo para os EUA, e, para ajudar, o e-visa desburocratizou um processo que pode potencializar a vinda de norte-americanos que antes não escolhiam o País para suas férias ou para viagens de última hora.”, enfatizou.

Além disso, a BLTA pretende realizar para 2019 roadshows pelos EUA com o intuito de apresentar o turismo de luxo brasileiro aos americanos, com objetivo de trabalhar a imagem do Brasil como destino de luxo no mundo.

Segundo o presidente, o mercado de luxo no Brasil ainda é muito recente e há falta de empreendimentos e operadores/receptivos especializados. “Temos ainda uma promoção de órgãos governamentais precária e sem inovação. O mercado de luxo mudou, e ainda assim, não é visto como um setor estratégico para atração de turistas. Mas este é o setor de maior rentabilidade no turismo, além de ser altamente sustentável pela exigência cultural e legado por parte dos visitantes.”, explicou Martin.

Indicadores de Desempenho

Segundo dados do estudo, os 35 membros da BLTA somaram R$ 666 milhões em faturamento em 2017, contam com 1415 UHs, com diária média de R$ 1.514,00 e RevPar de R$ 676,00 e a taxa de ocupação média dos empreendimentos é de 45%.

A motivação das viagens de luxo no Brasil estão mais focadas no lazer (76%), seguido por negócios e eventos corporativos (11%), eventos sociais (7%) e festas e eventos (6%). O tempo de permanência médio são três diárias (63%), sendo em sua maioria casais (56%), que fazem sua reserva diretamente no balcão (40%).

Entre as atividades solicitadas na estada está a comida (91%) em primeiro lugar, seguido por SPA (69%), relax (53%) e passeios náuticos (34%). Já entre os serviços mais solicitados estão banda larga (72%), traslado e pacotes de experiências (72%) e cardápio especial (50%).