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Viagens de longa distância para a Europa e os custos

A Europa mantém seu apelo, com cerca de metade dos entrevistados que pretendem visitar a região neste verão sendo visitantes recorrentes.

Com a aproximação da temporada de verão europeia, mais de 50% dos entrevistados na China, no Brasil, na Austrália, no Canadá e nos EUA expressaram otimismo em relação a viagens ao exterior. Entre eles, a Europa continua sendo a principal escolha para viagens de longa distância em maio-agosto de 2023. Quase metade das pessoas que planejam visitar a região são visitantes recorrentes, o que indica a capacidade da Europa de cultivar uma reputação positiva, satisfazer os viajantes e motivá-los a retornar.

No-entanto, o preço acessível tornou-se uma consideração importante para os viajantes, com 32% dos entrevistados dizendo que escolherão seu próximo local de férias na Europa com base no custo das experiências oferecidas no destino.

Isso está de acordo com o último Barômetro de Viagens de Longo Curso (LHTB) 2/2023, publicado pela European Travel Commission (ETC) e pela Eurail BV. O LHTB mede a intenção dos grandes mercados estrangeiros (Austrália, Canadá, Brasil, China, Japão e Estados Unidos) de viajar para longas distâncias e, especificamente, para a Europa. A última edição abrange o período de maio a agosto de 2023. Os resultados se baseiam em uma amostra robusta de 1.000 entrevistados por mercado, que é representativa da população de viajantes no país.

“É animador ver os mercados de longa distância se recuperando lenta mas seguramente, com a China finalmente aberta ao mundo. No entanto, a Europa deve estar atenta a outros desafios que enfrentamos como setor, como a inflação e o custo de vida. Como podemos ver nessa pesquisa, a acessibilidade tornou-se uma questão fundamental para os viajantes que planejam visitar a Europa. Ao mesmo tempo, não devemos abrir mão dos compromissos com a sustentabilidade. Informar os viajantes sobre as opções de viagem mais sustentáveis na Europa deve ser uma das principais prioridades dos destinos e empresas europeus.”, disse Miguel Sanz, presidente da ETC

China e Brasil entre os mais ansiosos

A China e o Brasil são os dois mercados com maior intenção de viajar para a Europa no curto prazo. Na China, 73% dos entrevistados esperam visitar a região durante o verão – esse nível de confiança remete aos primeiros meses de 2020, antes da crise da Covid-19. Desses viajantes, cerca de 52% demonstraram uma forte certeza na realização de seus planos. No Brasil, 52% dos entrevistados disseram que pretendem visitar a Europa nos próximos meses, dos quais 32% expressaram uma forte probabilidade.

Na Austrália, no Canadá e nos Estados Unidos, o sentimento de viagem é relativamente semelhante, com 38%, 37% e 36% dos entrevistados, respectivamente, pretendendo visitar a Europa entre maio e agosto de 2023. O sentimento positivo é impulsionado principalmente por pessoas com menos de 50 anos de idade.

O Japão apresenta a intenção de viagem mais fraca, com apenas 26% dos entrevistados planejando viajar para fora do Leste Asiático e apenas 15% deles pretendendo viajar para a Europa.

Opções mais baratas

A relação custo-benefício se solidificou como um critério fundamental para os viajantes ao avaliarem as opções de destino na Europa. Notavelmente, o custo dos produtos e serviços turísticos locais teve um aumento de 10% em sua importância em comparação com os verões de 2021 e 2022. Os três principais critérios para a seleção de destinos agora são a segurança percebida (39%), as instalações turísticas (35%) e a acessibilidade dos serviços de viagem (32%).

A redução das despesas com compras (37%) é a principal estratégia orçamentária dos viajantes estrangeiros. Os turistas também estão reduzindo os preços reservando pacotes com tudo incluído (30%), usando programas de fidelidade e reservando acomodações mais baratas (ambos com 30%), bem como comendo em restaurantes mais baratos ou optando por opções de self-catering (26%).

Condições climáticas

A presença de pontos de referência de renome internacional (29%) continua a ter um peso significativo para os visitantes de longa distância na escolha de um destino de viagem. Entretanto, sua importância agora está no mesmo nível das condições climáticas favoráveis no destino (30%). Isso sugere uma conscientização cada vez maior entre os viajantes sobre as restrições impostas por condições climáticas extremas.

Com um foco cada vez maior na sustentabilidade, a pesquisa também revelou que 21% dos entrevistados priorizam destinos que protegem seu patrimônio natural e cultural. Entretanto, apenas 15% consideram importante visitar destinos menos lotados, o que ilustra um ponto de vista um tanto controverso.