Semana passada estava lendo minha timeline no Facebook, quando fui pego com surpresa pela volta daquela lista pública onde profissionais de agências falavam sobre seus líderes. Lista essa que ganhou muito destaque no passado, mas que agora não ganhou força. Que bom.
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A lista, que talvez até tenha surgido como espaço para que profissionais falassem como é a agência que trabalha, se tornou um local onde o ódio era compartilhado anonimamente. Com ou sem razão nos seus comentários, me preocupa listas como estas em que o anonimato faz parte do jogo.
No entanto, ela nos revela como ainda vivemos num mercado em que alguns líderes (a minoria, acredito e torço eu) falham de forma descuidada. Mais que isso, o quanto a ação destes líderes podem ser prejudiciais aos seus funcionários e ao próprio negócio.
Tenho um cliente que passou a ser um exemplo de boa gestão. Na empresa, tudo funciona, a equipe demonstra ser unida e os projetos caminham bem. Conversando com um dos seus gerentes, perguntei como eles conseguem, no momento da seleção de funcionários, escolher justamente pessoas interessadas, engajadas e motivadas. Qual a mágica?
A resposta foi simples e direta. Diz ele que a seleção é similar a de qualquer empresa, porém, o que muda ali é a forma como o diretor-geral da empresa age. Por ser um cara bacana, próximo e profissional, a equipe aos poucos ficou assim. Quem não se enquadra no perfil naturalmente cai fora.
Notei que é verdade. Trabalhei numa agência tradicional de São Paulo onde todos normalmente conseguiam sair até às 19h, algo raro no setor. Isso acontecia pelo fato do dono fazer questão de, ele próprio, deixar a agência cedo pra curtir os filhos. Ele dando o exemplo e sugerindo a saída e chegada em hora combinada, aos poucos tornou o ambiente assim.
Ao mesmo tempo, já tive chefes complicados que conseguiam, sozinhos, tornar todo um departamento em clima de guerra. São os famosos corvos.
Acredito que não somente chefes causem impactos positivos ou negativos na equipe, mas eles têm papel mais forte nisso, de forma que seu cargo torna seu comportamento mais relevante perante ao grupo.
A culpa do clima bom ou ruim nas agências e empresas, ao meu ver, é em grande parte do patrão.