Profissionais

Altitude e Atitude

Ricardo Franken fala sobre a experiência do meeting global de líderes do The Integer Group

Voltei agora de Vail, onde participei com meu sócio, amigo e CEO da agência, Mauricio Gallian, do meeting global de líderes do The Integer Group. Fomos oxigenar as ideias, paradoxalmente, a 2.500m de altitude. 

E não é que funcionou?

Três assuntos, que tive que repetir a exaustão , me fizeram pensar sobre a minha opinião sobre eles e sobre tudo o que está relacionado.

A cada refeição, palestra, workshop ou mesa de bar em que eu me sentava ao lado de algum outro colega norte americano, os assuntos se repetiam. “Que belo trabalho vocês fizeram nos jogos olímpicos” era sempre a primeira indagação. Mal eu respirava e me preparava para responder e já vinha a segunda sempre, incrivelmente, nessa ordem: “Me desculpe pelo papelão do Ryan Lochte”. E depois de 10 minutos falando sobre os jogos do Rio e o mentiroso das piscinas vinha o comentário derradeiro: “Como vocês estão crescendo mesmo com a economia brasileira caindo”.

Essas perguntas recorrentes foram muito bem vindas. Primeiro porque sempre tínhamos assunto para longas conversas, mesmo com colegas com quem não tínhamos tanto contato e segundo porque isso tudo me fez refletir acerca da nossa situação e forma de gestão. Foi muito bom perceber a admiração que todos, absolutamente todos, os americanos com quem conversei, desde o Chairman da agência ao barman do hotel, tinham pelo que fizemos nos jogos. 

E para completar, o embaraço que eles mesmos tinham do seu medalhista que envergonhou toda uma nação. Mas melhor ainda foi ver o quanto eles estavam informados sobre a situação econômica do Brasil e, particularmente, da operação brasileira da agência.

Falar sobre o Rio foi fácil. Estive lá em alguns eventos e, mesmo preocupado sobre o que aconteceria, fiquei positivamente surpreso. Sobre Lochte, mais fácil ainda, afinal não é sempre que um americano te dá a oportunidade para você falar mal de um atleta deles, multicampeão e recordista mundial. Mas o terceiro pegou. Como resumir o porque estamos indo tão bem em um ano tão ruim.

 Eu nunca tinha para pra pensar se existe alguma razão específica que eu possa resumir em uma única frase. Claro que fizemos planos e estratégias e mudanças para termos um bom ano. Mas nada disso, isoladamente, explica. Afinal fazemos isso todos os anos e, em alguns, o resultado é bom e em outros nem tanto. Mas o que nesse ano está tão diferente? A resposta estava ali, na minha frente. A cada vez que eu repetia as duas primeiras: confiança.

O que aconteceu de diferente neste ano? Nós nos afastamos um pouco da operação do dia a dia e demos confiança e autonomia aos nossos talentos da casa. E eles fizeram a diferença. Promovemos diretores a sócios, gerentes a diretores e heads de áreas, criamos novos departamentos, sempre gerenciados e dirigidos por profissionais desenvolvidos aqui que foram promovidos e tiveram todo o nosso suporte e apoio.

 Confiamos e eles entregaram.

Assim como os cariocas, nossa equipe superou as expectativas e realizou muito mais do que esperávamos. E, como contra ponto, um currículo invejável e super premiado, de quem todos esperavam muito, foi a vergonha de um país inteiro, mesmo levando na bagagem uma medalha de ouro perdeu a confiança daqueles que torceram por suas braçadas. Por isso, cada vez mais eu acredito em pessoas e em caráteres, e não só em currículos. Aqui na agência, queremos saber quem você é e não só o que você fez. 

E estou certo que não seja só aqui. Por isso afirmo com total segurança e experiência própria que isso funciona. Pode confiar!

    Ricardo Franken – Sócio e CCO da Integer\OutPromo