O presidente do Conselho de Administração da Nissan, Carlos Ghosn, foi preso no Japão nesta segunda-feira (19/11), por suspeita de ter violado leis financeiras locais, informou o canal de televisão público NHK.
Logo pela manhã, a montadora – que vinha colaborando com as investigações – divulgou nota dizendo que iria demiti-lo. O anúncio pegou o mercado e executivos do setor de surpresa.
Os salários milionários do brasileiro Carlos Ghosn suscitam há anos fortes polêmicas na França.
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Ghosn é presidente dos conselhos de administração da Nissan e da Mitsubishi, e CEO da Renault. Seus ganhos já tiveram várias vezes destaque na imprensa francesa: são alvo de críticas e embates com o Estado – principal acionista da montadora francesa, com 15% do capital.
O brasileiro de 64 anos, nascido em Porto Velho, filho de pai libanês e mãe francesa, é considerado um executivo emblemático da indústria automobilística mundial. Ele ganhou no ano passado, segundo a consultoria Proxinvest, 13 milhões de Euros (quase R$ 56 milhões).
Desse total, 7,4 milhões de Euros (R$ 31,7 milhões) se referem aos seus ganhos no grupo Renault, que ele dirige desde 2005.