Faleceu, neste domingo (13), Washington Olivetto, um dos mais célebres e influentes publicitários do Brasil. Com uma carreira que redefiniu os rumos da comunicação e da publicidade no país, Olivetto deixa um legado inigualável de criatividade, inovação e talento.
Ao longo de mais de cinco décadas de atuação, Washington Olivetto esteve à frente de campanhas icônicas que marcaram gerações. O famoso “Garoto Bombril”, por exemplo, com Carlos Moreno, ou então a memorável campanha “O Primeiro Sutiã”, considerada uma das melhores da publicidade mundial. Suas criações revolucionaram o conceito de publicidade ao integrar storytelling, emoção e humor, elementos que se tornaram característicos de seu trabalho.
Fundador da W/Brasil e, posteriormente, da WMcCann, Olivetto foi responsável por projetar a criatividade brasileira no cenário global. Seu trabalho foi amplamente reconhecido em festivais internacionais, tendo conquistado mais de 50 Leões no Festival de Cannes e diversos prêmios do Clio Awards, além de ter sido homenageado no Hall da Fama do One Club, em Nova York.
Além disso, Washington publicou livros que refletiam seu olhar apurado sobre comunicação e comportamento, sempre com uma visão humanista e acessível. Em suas palestras e entrevistas, ele compartilhava sua experiência e insights, inspirando gerações de profissionais e empreendedores.
Em 2001, Washington Olivetto foi vítima de um sequestro que durou 53 dias. Mantido em cativeiro por uma quadrilha de criminosos internacionais, o publicitário foi libertado após intensa negociação e mobilização policial.
O episódio teve grande repercussão nacional e internacional, mas Olivetto conseguiu superar o trauma e retomar a carreira com o mesmo brilhantismo que sempre o acompanhou. Anos depois, ele abordou o assunto em entrevistas e palestras.
A morte de Washington Olivetto representa o fim de uma era para a publicidade brasileira. Sua contribuição permanecerá viva nas mentes e corações de profissionais e público, consolidando, assim, sua posição como um dos maiores criadores da história.