Um dos principais nomes do setor de eventos no Brasil, P.O. Almeida, também conhecido como Paulo Octavio Pereira de Almeida passa a ser assessorado pela Publikaí. Formado em Administração e com vasta atuação na área de live marketing, o executivo inquieto tem como lema a colaboração com o setor e a ampliação das conexões pessoais e profissionais por meio dos eventos híbridos.
Com uma trajetória profissional de mais de 30 anos no entretenimento ao vivo (B2C), em eventos corporativos e com foco na geração de negócios (B2B), P.O. Almeida pautou a sua jornada profissional buscando respostas sobre porque as pessoas ficam em casa e porque elas optam por sair.
Hoje, após um ano das primeiras medidas de isolamento social e em um cenário completamente diferente do desejado, ele segue buscando identificar como ajudar marcas e empresas a fazerem as conexões comerciais e emocionais e luta para acabar com o termo organizadores de eventos como é conhecido hoje.
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O executivo, managing director da Live Marketing Consultoria e criador do podcast B.O do Marketing defende os eventos presenciais, mas aponta grandes mudanças, principalmente na mentalidade dos organizadores de eventos. “Quem trabalha no setor deve se considerar um “catalisador de comunidades” e não um simples organizador de atividades.
Não dá mais para só gerenciar espaços, corredores e localização de estandes dentro do pavilhão, organizar evento hoje é uma ação tática e deveria ir além de apresentar planilhas. É preciso ter uma visão e um posicionamento estratégico, buscando criar conexões e relevância, e não somente eficiência em custos. A discussão sobre o formato não é a mais importante” – argumenta.
P.O Almeida sempre defendeu a importância de romper o cordão umbilical que priorizava o expositor em contraposição ao visitante, que em última instância é o elo mais importante de um evento, e hoje mais do que nunca, reforça a importância de gerar valor para todas as partes. As marcas já entenderam que é possível realizar reuniões, congressos e repassar conteúdo e informação de maneira remota, ou seja, viajar para assistir uma palestra em PowerPoint não faz e não fará o menor sentido, assim como se locomover para uma reunião presencial que pode ser feita virtualmente.
“Mas, quando acontecer a ação presencial, todos precisam estar preparados para aproveitar da melhor maneira as oportunidades de networking que serão oferecidas. Em uma reunião corporativa, só duas pessoas se sentam ao lado do chefe” – brinca.
Desta maneira, é preciso colocar em prática o aprendizado tecnológico destes dois anos (2020 e provavelmente todo o ano de 2021) para capitalizar e ajustar o que estava sendo feito, para o que precisa ser feito. O executivo é enfático ao dizer que a experiência dos visitantes, o incremento de conteúdo relevante e a infraestrutura digital deve ser a tríade que norteia o mercado.
“Os eventos que oferecerem experiências imersivas serão cada vez mais híbridos e o público poderá escolher entre pagar 1X ou 5X para acompanhá-lo remotamente ou de maneira presencial. A relevância será a regra do jogo” – finaliza.
Para um setor que sofre com as indefinições com relação ao curto prazo, legislação defasada e alto impacto no calendário, os executivos e as empresas precisam continuar focadas em redefinir a jornada do visitante desenhando estratégias que permitam entender os próximos passos, sem esquecer que os seres humanos são sociais, gregários e colaborativos.
”É importante lembrar que por enquanto somente os eventos presenciais conseguem potencializar os 5 sentidos humanos ao mesmo tempo, e as marcas sabem desta importância”, lembra o executivo.