As festas juninas são tradicionais em todo o Brasil, mas cada região tem o seu jeitinho de comemorar. Por isso, têm diferentes hábitos de consumo nesta época, o que interfere nas ações das marcas no São João. Com o fim de entender como o público percebe os festejos, a Ecglobal, empresa do Grupo Stefanini, fez uma pesquisa com mil pessoas entre 25 e 64 anos.
De modo geral, os produtos mais comprados para as festas juninas incluem alimentos da época (77%), roupas (55%) e bebidas típicas (53%). No Nordeste compra-se mais vestimentas temáticas (64%), enquanto no Sul o destaque são as bebidas (62%).
A presença de marcas nas festas juninas é vista de forma positiva por 55% dos entrevistados, e 73% prestam atenção nas marcas que patrocinam ou apoiam as celebrações. A marca Yoki é a mais lembrada, seguida por Brahma, Nestlé e Paçoquita.
“O estudo revela que, apesar das modernizações, as festas juninas mantêm sua essência tradicional e cultural, com a gastronomia desempenhando um papel central. Por isso, as marcas têm uma oportunidade valiosa de capitalizar o orgulho regional e a importância do evento por meio de estratégias de marketing temáticas e parcerias”, declara Adriana Rocha, CEO e cofundadora da Ecglobal.
Somente em 2024, várias marcas já aproveitaram o São João, principalmente de Caruaru e Campina Grande, para se conectar com o público. Entre as ativações, estão a roda-gigante da Vanish, a Vila da Natura e o estande da Garoto.
Melhor festa do país
Entre os entrevistados, 56% destaca um estado de sua própria região como “aquele que oferece a melhor festa”, o que mostra forte orgulho regional. Além disso, entre os nordestinos, 96% afirmam que a sua própria cidade possui a melhor festa. Já no Sudeste, este número cai para 45%, e no Sul, 40%.
Sobre a importância cultural do evento, 68% dos participantes consideram a festa relevante. No Nordeste, este número é 90%, no Sudeste 62%, enquanto no Sul apenas 53% apoiam a relevância dos festejos juninos. Os sentimentos associados às festas juninas são, em maioria, positivos, com menções à alegria, felicidade e diversão.
Outro ponto questionado pela pesquisa é sobre as mudanças das celebrações de São João nos últimos anos. 54% avaliam que as alterações são positivas, entretanto, 74% defendem a permanência dos elementos tradicionais das festas. A modernização é vista como o principal desafio para manter as tradições vivas por 46%, e, em seguida, a falta de interesse dos jovens (38%) e questões financeiras (13%).
Jeito de comemorar
Assim como o Carnaval, o cortejo junino precisa de uma atmosfera festiva para gerar a imersão. Vestir roupas com elementos tradicionais, como algo xadrez, é o mais importante para os entrevistados. No Nordeste e Sul, 37% e 36% dos participantes, respectivamente, se vestem de maneira tradicional. Surpreendentemente, no Sudeste, 39% das pessoas preferem adicionar maquiagens ao look “caipira”, enquanto 20% optam por um estilo mais comum, do dia a dia.
Ademais, a pesquisa mostra que, quanto maior a faixa etária, mais comum se torna o estilo de vestuário, fugindo dos aspectos juninos. As pessoas até 44 anos vão mais a caráter para a festa do que aqueles com 45 anos ou mais. Outro destaque é a diferença de gênero, com 23% dos homens optando por um estilo comum, em contraste com 16% das mulheres.
De acordo com o estudo, 44% dos entrevistados se identificam como “gastronômicos”, focando nas delícias culinárias dos festejos. A atividade favorita durante as celebrações é consumir comidas (71%) e bebidas típicas (35%). Por isso, as marcas do ramo alimentício tem maiores chances de serem lembradas no São João.