Ranking das cervejas

Brahma é a cerveja mais consumida do Brasil; Heineken é a marca preferida

Estudo revela hábitos dos brasileiros, marcas favoritas e como a inflação deve impactar o mercado no próximo ano

Uma pesquisa elaborada pela Brazil Panels listou a Brahma, a Heineken e a Skol como as três cervejas mais consumidas do Brasil, em um levantamento que ouviu a opinião de 1715 pessoas de todas as regiões do país.

Na questão da preferência por marca, a Heineken liderou o ranking, com a Brahma e a Skol, respectivamente, fechando o “top 3”. Mais além, os dados também revelaram não apenas as preferências de marcas, mas também os hábitos de consumo e desafios futuros, como o impacto da inflação no setor.

Imagem mostra um homem despejando cerveja em um copo
Imagem: Freepik/Reprodução

As marcas de cerveja favoritas dos brasileiros

O domínio da Brahma, Heineken e outras marcas de cerveja reflete não apenas a ampla distribuição e campanhas de marketing agressivas, mas também o valor afetivo que essas marcas têm entre os consumidores.

Mais interessante ainda, é o fato de que “marca mais consumida” e “marca preferida” não necessariamente trazem os mesmos resultados: no que tange ao consumo, Brahma (43,1%), Heineken (40,6%), Skol (36,6%), Amstel (33,2%) e Budweiser (28,8%) compõem o topo da lista. Em seguida, vêm Antarctica (27,6%), Itaipava (26,5%), Stella Artois (18%), Petra (16,7%) e Original (16,4%).

Já a questão da preferência viu a Heineken tomar a liderança com 16,7%. Depois veio a Brahma com 16,2% e, finalmente, a Skol com 14,2%. Note que a pesquisa foi feita ao redor de marcas, não produtos, então não houve separação de cervejas diferentes, mas da mesma empresa — por exemplo, “Brahma” ou “Brahma Duplo Malte”.

No segmento premium, Heineken e Eisenbahn aparecem como as escolhas preferidas, destacando o crescimento de um público que busca experiências de consumo mais sofisticadas. Essa preferência tem impulsionado ações de marketing focadas na diferenciação, com ênfase na qualidade do produto e no lifestyle associado.

Ainda assim, marcas regionais continuam desempenhando papel importante, especialmente no Nordeste e em estados como Minas Gerais, onde cervejas locais ganham espaço pela conexão com a cultura e a economia locais.

Imagem mostra várias garrafas fechadas de cerveja
Imagem: Freepik/Reprodução

61% dos brasileiros são consumidores de cerveja

Outro ponto abordado pelo levantamento foi o volume total de consumo de cerveja pelo público brasileiro: segundo o texto, 61% das pessoas acima de 18 anos consomem a bebida, tornando-a uma das escolhas mais populares no país.

Entre os fatores que influenciam esse consumo estão a tropicalidade do clima, o preço relativamente acessível (em comparação com outras bebidas alcoólicas) e o papel da cerveja em momentos de socialização.

O estudo também destacou diferenças no consumo em relação à faixa etária. Jovens adultos entre 25 e 34 anos formam o público mais representativo, enquanto pessoas acima de 50 anos consomem com menos frequência. Esse dado abre oportunidades para ações de marketing direcionadas a diferentes gerações, incluindo campanhas que valorizem a nostalgia e as tradições familiares ligadas ao consumo de cerveja.

Desafios econômicos e projeções para 2024

Apesar do cenário positivo em termos de consumo, o setor enfrenta desafios significativos. Com a inflação elevando os custos de produção, especialistas projetam aumento nos preços da cerveja ainda em 2024. Isso inclui desde o custo de insumos básicos, como cevada e lúpulo, até despesas com transporte e energia.

Essa conjuntura pode pressionar marcas a reajustarem seus preços, afetando principalmente as classes C e D, que já têm menor poder de compra.

Pelo lado mais positivo, no entanto, o setor aposta em inovações, como novos sabores, embalagens sustentáveis e campanhas promocionais para fidelizar os consumidores.

Ainda assim, a expectativa é de que o mercado retome o crescimento no próximo ano, puxado pela retomada de eventos presenciais e pela alta demanda no segmento premium, que deve continuar atraindo consumidores dispostos a pagar mais por produtos de maior qualidade.