A Caixa Cultural Fortaleza apresenta, de 14 de setembro a 13 de novembro de 2016, a exposição O Tempo Dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália, a mais vigorosa, significativa e diversificada coleção de obras de arte dos povos indígenas da Austrália.
São mais de 70 obras, entre elas pinturas, esculturas e impressões, que englobam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da arte aborígene contemporânea na década de 70 até o presente.
Pela primeira vez no Brasil e na América Latina, a exposição chega a Fortaleza depois de passar pela Caixa Cultural São Paulo, onde esteve aberta a visitação durante dois meses, encerrando em maio último.
Os trabalhos foram selecionados pelo curador brasileiro Clay D´Paula e pelos australianos Adrian Newstead e Djon Mundine, dentre uma extensa coleção de mais de duas mil obras da mais antiga galeria de arte aborígene da Austrália, a Galeria de Arte Coo-ee.
Peças de coleções privadas também atravessaram o oceano exclusivamente para esta exposição.
A arte aborígene contemporânea da Austrália
No Brasil, costuma-se pensar de forma equivocada em artefatos indígenas. Com isso, pode causar surpresa ao público brasileiro descobrir que a produção artística dos aborígenes da Austrália vem sendo cada vez mais valorizada e reconhecida como arte.
As obras dos artistas aborígenes contemporâneos estão no MOMA de Nova Iorque, em museus de arte contemporânea espalhados pelo mundo e já foram expostas nos principais eventos mundiais de arte, como a Bienal de Veneza, o Documenta, na Alemanha e a Bienal de São Paulo.
A arte Aborígene da Austrália movimenta cerca de 200 milhões de dólares por ano naquele país-continente. Estima-se que hoje mais de 7 mil artistas indígenas vivam de sua prática artística.
“Nós, brasileiros, tivemos, até hoje, poucas oportunidades de conhecer todo esse universo da arte aborígene da Austrália – o que pode, inclusive, levar-nos a refletir sobre os povos indígenas de nosso país. O Brasil e a Austrália possuem muitas coisas em comum. Contribuir para aproximá-los e convidar ao diálogo é um dos objetivos dessa exposição”, justifica o curador Clay D´Paula.