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Cinco tópicos para reflexão sobre o novo mundo que começa em 2022

Não tenha medo de ser brincalhão, porque o metaverso vai ser definido pelos muitos, não pelos poucos. E você não quer ser abandonado

Se alguma forma o seu trabalho está ligado aos eventos, publicidade, live experience ou marketing, pode ir se preparando porque 2022 abre um novo leque de alternativas para a comunicação. Com o hibridismo apenas tocamos levemente em algo muito maior e que vai moldar as próximas décadas. 

O metaverso já era um concorrente a palavra da moda em 2021. E quando o Facebook anunciou sua mudança de nome corporativo para Meta fechando o foco neste ambiente, as coisas pularam para outro nível. 

O rebranding de Facebook causou um certo efeito “manada”. As marcas passaram a se movimentar rapidamente para capitalizar as oportunidades possíveis dentro do metaverso, aproveitando os avanços tecnológicos entre hardware, software e conectividade que estão gerando experiências imersivas inéditas. 

As mudanças comportamentais e dependência de infraestruturas digitais no nosso dia a dia, trazidas pela pandemia, criaram infinitas possibilidades tanto para grandes marcas como para startups ou até mesmo pequenos negócios. 

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Mas-ainda não está claro para muitas delas o que se pode fazer agora para começar a introduzir o metaverso em seus planos de marketing. 

A dúvida se justifica.  Na última semana de 2021 o VP da Intel, Raja Koduri, afirmou, num documento do gigante americano de chips, que para alimentar o metaverso – o mundo digital que se confunde com o real ou mistura realidade com dados computorizados de tal forma que uns se confundem com os outros – será necessário “um aumento de mil vezes na eficiência de computação” relativamente ao “teto atualmente possível”.

Some-se a isso a escassez de semi-condutores, matéria prima dos chips que, no final das contas, movem este mundo.

Bem caros leitores, não é em 2022 que tal será conseguido. Mas certamente a evolução acontecerá. Sempre lembrando que a capacidade de entrega do 5G aqui no Brasil não será aquela prometida, bem inferior ao que você compra no seu plano da operadora. Mas isso não é novidade, certo?

O termo apresenta duas grandes vertentes. Aqueles que acreditam fielmente no metaverso e como ele pode ser transformador, principalmente no que se refere às conexões humanas, novas formas de trabalho, lazer e diversão.

Do outro lado está o público dito convencional. Aquele que ainda está tentando entender as dimensões do metaverso, a palavra do ano.  

Pesquisa da Comscore identificou que, dentro de um universo de 115 milhões de internautas, cerca de 65 milhões preferem novas tecnologias, como por exemplo, a sincronização de todos os dispositivos eletrônicos. Em contrapartida, cerca de 60 milhões, concordam que o contato humano foi melhorado com a evolução tecnológica, como o avanço das redes sociais, por exemplo. 

Já a consultoria PwC prevê que em 2030 perto de 23,5 milhões de postos de trabalho no mundo inteiro estarão usando AR e VR para tarefas como formação profissional, reuniões e serviços ao cliente. 

Enquanto isso muitas ideias (ou insights) sobre algumas possíveis portas de entrada para a maioria das experiências digitais estão por aí e separamos cinco para sua reflexão.

1. Desde a moda virtual até imobiliária virtual e acessórios in-game, pessoas estão pagando dinheiro (de verdade) para posses virtuais.

Enquanto jogos e apps sociais apoiam mais criatividade e variação de design, pessoas estão pagando por itens virtuais que ajudam a sinalizar seus avatares e valores, assim como fariam no mundo real.

Para a maioria das marcas, a oportunidade mais imediata é de criar itens usáveis em jogos ou experiências sociais. As maiores oportunidades envolvem parcerias com jogos como Fortnite, Roblox ou League of Legends. 

Essas plataformas são extremamente seletivas e vão trabalhar de perto com a empresa para criar algo que contribua para a experiencia gamer em seu jeito nativo (por exemplo, marcas de moda de luxo como Balenciaga se juntando com o Fortnite). Mas ainda é possível criar skins de marca em plataformas que tem marketplace abertos, como Skater XL, The Sims e Animal Crossing.

Além disso, as marcas podem criar lentes hipnotizantes de moda virtual e realidade aumentada no Snapchat, que tem o melhor recurso de rastreamento de corpo inteiro. A Dept lançou as primeiras lentes de moda virtual lá em 2019 para a loja online da ASOS e sua marca de Gen Z, Collusion. Quando as lentes reconhecem itens da coleção de roupas influenciada por jogos, as roupas foram animadas em realidade aumentada.

O Mesh, da Microsoft. mistura realidade virtual com aumentada.© Microsoft

Não existe apenas um jeito de entrar no metaverso.  Em maior ou menor escala todos entrarão neste movimento. Mesmo que não se tenham os recursos técnicos de uma grande empresa, quaisquer players tem as condições para começar de forma menor.

Cabe a você definir seu propósito, o “porque” da sua marca ou negócio e onde quer estar quando as possibilidades do metaverso puderem ser explorada em sua totalidade. E começar a fazê-lo agora.