O metaverso teve mais um marco após a Colômbia realizar seu primeiro processo legal no mundo virtual.
Em 15 de fevereiro, o tribunal administrativo de Magdalena – localizado na cidade caribenha de Santa Marta, no norte do país – conduziu uma sessão judicial no metaverso para apreciar um caso contra o Ministério da Defesa colombiano e a Polícia Nacional.
Maria Victoria Quiñones, juíza do tribunal, aceitou um pedido direto da autora para realizar a audiência pública no metaverso, o que também foi aceito pelo réu.
Durante a audiência, Quiñones destacou que o metaverso permitiu “uma interação real” e o uso da tecnologia imersiva com o objetivo de tornar os trâmites processuais mais eficientes, “pois permitiu trazer as pessoas para o mesmo espaço virtual, mesmo quando elas estavam fisicamente em outro lugar – tudo sem deixar de lado as garantias processuais e os princípios da justiça digital”.
“-Eu estava sozinha em minha sala de audiências; meus colegas em seus escritórios, o advogado em sua casa, e os outros advogados em suas próprias instalações, de onde escolheram se conectar”, afirmou a juíza, falando através de seu avatar, aos presentes na audiência.
O tribunal colombiano realizou a sessão jurídica no Horizon Workrooms 18, o aplicativo colaborativo virtual gratuito desenvolvido pela Meta, que permite que um grupo de pessoas no metaverso se encontrem em um espaço virtual através de seus respectivos avatares.
O tribunal administrativo também utilizou o ChatGPT para explicar os conceitos do metaverso para a plateia da audiência, que foi transmitida ao vivo no Youtube e assistida por mais de 68 mil pessoas.
“Para uma melhor compreensão de alguns conceitos sobre o metaverso… este órgão judicial contou com a IA, fazendo uso do ChatGPT22, um sistema de chat que nada mais é do que um modelo de linguagem, que decolou nos últimos meses, tornando-se popular entre a comunidade“, disse ela.
Assista aqui à audiência na íntegra.