A Walt Disney Company obteve em 28 de dezembro a patente de um simulador do espaço virtual no metaverso que usa realidade aumentada (RA) e não precisa de óculos, fones de ouvido, celulares ou outros dispositivos para a interação com o ambiente.
A tecnologia projetaria imagens 3D e efeitos virtuais em espaços físicos, de acordo com o US Patent Office. A tecnologia 3D simula um mundo digital com personagens e a intenção da empresa é acelerá-la para ser implementada a curto prazo.
“A Disney acredita que outros vão entrar neste espaço. Eles queriam de que conseguissemos a patente primeiro”, disse ao site Spectrum News o advogado de patentes Yuri Eliezer.
Segundo-o consultor técnico de tecnologia e patentes da Founders Legal, John DeStefano, a ideia é que o universo virtual seja inserido em atrações físicas, como a Disneyland e o Walt Disney World.
“Em vez de olhar pela tela de um telefone ou fone de ouvido, a Disney desenvolveu um sistema quase semelhante a um projetor de cinema para reproduzir em uma superfície real o que os humanos veem em uma tela”, comentou DeStefano também ao Spectrum News.
Em vez de ser projetado para entretenimento de massa, o dispositivo rastrearia visitantes individuais do parque para personalizar as projeções. Por exemplo, enquanto uma família pode ver Mickey Mouse cumprimentando-os em uma barraca de cachorro-quente, outro grupo pode interagir com Harry Potter enquanto toma uma cerveja amanteigada.
Em novembro passado, a Disney já havia dado indícios do que seria seu mundo virtual em uma feira internacional para parques. Na época, a empresa disse que conectaria elementos digitais em uma “realidade física virtualmente aprimorada, em um espaço virtual fisicamente persistente.” A tecnologia se alinha ao objetivo da marca de contar histórias. por meio de uma “tela tridimensional”, como observou o CEO Bob Chapek durante a teleconferência sobre os lucros do trimestre da Disney.
“Nossos esforços até agora são simplesmente um prefácio para uma época em que seremos capazes de conectar os mundos físico e digital ainda mais estreitamente, permitindo uma narrativa sem limites em nosso próprio metaverso Disney”, disse Chapek.
Funcionários da Disney disseram ao The LA Times que a empresa “não tem planos atuais” de usar o simulador, acrescentando que a Disney registra centenas de patentes por ano para explorar tecnologias em desenvolvimento.