O mundo da tecnologia encara uma rápida e constante evolução das ferramentas que utilizam Inteligência Artificial (IA) – e a tendência é que elas sejam cada vez mais adotadas no âmbito corporativo. Um recente levantamento da Deloitte nos aponta que 7 em cada 10 empresas investirão em IA em 2023. Uma dessas ferramentas que têm ganhado bastante destaque recentemente é a chamada Generative AI, uma ramificação da IA que utiliza dados existentes e treinados por machine learning para criar conteúdo original e gerar novos dados.
Desde a criação de arte e música até a geração de textos e imagens realistas, a Generative AI tem sido implementada em diversas áreas. O ChatGPT-4, da OpenAI, é um grande exemplo de tecnologia desenvolvida para aplicações de atividades criativas, como autoprogramação, artes visuais, design e engenharia. Contudo, a ascensão da IA também promove um certo impacto sobre os data centers, que precisam considerar a garantia de estabilidade e robustez de sua conectividade de rede.
A grande questão é que uma boa parte das infraestruturas de centros de dados em operação atualmente já está aprimorando sua estrutura para suportar o avanço do streaming de vídeo e de games, da Cloud Computing e das redes 5G e precisaram continuar se adaptando para acompanhar a grande demanda que vem com a evolução digital. De acordo com a empresa de consultoria Gartner, metade dos data centers em nuvem implementará robôs avançados com recursos de IA e machine learning até 2025. Além do mais, com a Generative AI em alta ao redor do mundo, esse cenário será novamente transformado, já que essas soluções de IA precisam acessar cada vez mais dados de forma rápida para que consigam atingir todo o seu potencial.
Na prática, para suportar o funcionamento das mais variadas aplicações que a Generative AI demanda, uma infraestrutura de TI adequada pode ser custosa para as empresas manterem localmente. Isso porque as organizações que desejam implementar internamente essas ferramentas precisarão atualizar a infraestrutura com um grande número de GPUs, para suportar o grande tráfego de dados.
Dessa forma, é indiscutível que suportar esse ritmo tão intenso de modernizações e conciliá-las com as necessidades das operações atuais pode provocar diversos desafios às empresas que ainda mantêm seus data centers dentro das próprias operações. Nesse sentido, é essencial adotar um modelo que auxilie as empresas a terem redundância em seus serviços, baixa latência na transmissão dos dados e que mantenham a disponibilidade dos servidores 24×7. Diante desse cenário, migrar a infraestrutura da organização para as instalações de um provedor de data centers especializado em Colocation pode ser a melhor solução para garantir que as novas tecnologias aplicadas no negócio funcionem da forma esperada.
No Colocation, a empresa mantém sua infraestrutura de TI e nuvem, como hardwares, servidores privados e equipamentos de rede em um local projetado especialmente para recebê-las, ou seja é um espaço totalmente voltado a este propósito e que dispõe de uma estrutura preparada e adequada para suportar as demandas mais intensas, como as da Generative AI – proporcionando uma maior eficiência energética, por estarem localizados nas proximidades das principais redes de telecomunicações do país, além de uma excelente conectividade com operadoras, garantindo o tráfego de um grande volume de dados e uma ampla conectividade, com diversas carriers e acesso a rotas internacionais.
Em suma, a Generative AI tem um impacto significativo na operação de data centers, apresentando tanto desafios quanto oportunidades. Ainda que esteja em desenvolvimento contínuo, é evidente que essa tecnologia tem potencial para transformar a maneira como as empresas gerenciam os seus dados e processam informações. No entanto, é importante considerar as questões de investimentos e preparo da infraestrutura para receber esse tipo de inovação que, quando realizadas com maestria, podem promover uma ampla gama de benefícios e novas oportunidades às organizações.
*Fernando Ribeiro é Coordenador de Sistemas TELECOM da ODATA.