O avanço dos eSports mostrou que mesmo uma atividade mais lúdica, como os videogames, podem ser estressantes e causar impactos no corpo humano. Por isso, a Hellmann’s anunciou a criação da “Hungry Games”, uma plataforma de inteligência artificial (IA) que, segundo a marca, ajuda jogadores a manterem o desempenho em dia em suas partidas.
De uma forma resumida, a Hellmann’s aplica a sua plataforma de IA no sentido de alertar o gamer quando pode ser uma boa hora para dar uma pausa na competição para comer alguma coisa — em referência a quando nós não conseguimos pensar ou agir direito quando estamos de estômago vazio — e aproximar a marca do público mais segmentado.
Hungry Games da Hellmann’s aplica a IA na análise de dados biométricos dos gamers
A parte técnica do funcionamento da plataforma Hungry Games, diz a Hellmann’s, é bem mais do que “usar IA”: desenvolvida em parceria com programadores, neurocientistas e o time da FURIA, uma tradicional organização de eSports na América Latina, a tecnologia analisa sinais físicos e emocionais dos jogadores em tempo real.
Em termos práticos, a plataforma procura por marcadores comuns de incômodos,como olhos cansados, impaciência, lábios secos e bocejos. Tudo isso é indício de que a pessoa está com alguma dificuldade biológica, e este pode ser um bom momento para recarregar as energias enquanto jogam.
A medida não vem sem fundamentação estatística: de acordo com uma pesquisa da consultoria Go Gamers, incríveis 99% dos gamers admitem sentirem fome enquanto jogam e, destes, 84% afirmam que essa sensação atrapalha suas performances durante as partidas.
Mais além, os dados do estudo mostram uma relação mais direta entre a satisfação de matar a fome com o desempenho durante um jogo: falta de foco (98%), queda de energia (97%) e irritação (97%) são sintomas que aparecem a todos conforme uma partida avança em sua duração.
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Nestas horas, a plataforma de IA da Hellmann’s serve como um ponto de destaque para a marca: para matar a fome, os jogadores tendem a preferir refeições aperitivas, de fácil aquisição e consumo, como batatas fritas (64%) e hambúrguer (57%) — todas essas, com molhos para incrementar ainda mais o sabor.
“Esta é uma ação inédita na história da marca, que foi desenhada para um público que está cada vez mais próximo de Hellmann’s. Como uma marca que sempre coloca os fãs no centro, mergulhamos no universo dos games para elevar ainda mais a experiência de quem está curtindo seu jogo favorito”, comenta Carolina Riotto, CMO da Unilever Alimentos no Brasil & Head de Condimentos na América Latina.
“Com a plataforma Hungry Games, lançada em parceria com o time FURIA, entramos em novo território, unindo uma tecnologia proprietária e o olhar voltado à performance. Estamos ao lado dos gamers para trazer um sabor irresistível durante os jogos, afinal é sobre se divertir e estar bem para quem quer jogar cada vez melhor.”
Carolina Riotto, CMO da Unilever Alimentos no Brasil & Head de Condimentos na América Latina
Evento de teste da Hungry Games indica estratégia da Hellmann’s de se aproximar dos eSports
De acordo com o comunicado da Hellmann’s, a plataforma de IA Hungry Games foi testada em um evento com os jogadores da FURIA — e alavancada por comentários do criador de conteúdo Bruno Correia, o popular Brino.
No teste, os jogadores e convidados foram separados por uma baia fosca. Sem que um lado (em jejum) soubesse, o outro estava se alimentando de lanches feitos com produtos da Hellmann’s, em uma espécie de avaliação controlada.
Durante a partida, a Hungry Games acompanhou as micro expressões de todos, procurando por sinais de irritabilidade, impaciência e nervosismo. O resultado: os jogadores em jejum morriam mais vezes, erravam mais tiros durante o jogo e tomaram ações mais descuidadas, cortesia da falta de foco trazida pela fome.
De acordo com a marca, cortes do teste serão veiculados pelas redes sociais de Brino, além dela própria. Mais além, a Hellmann’s informa que a plataforma de IA Hungry Games está disponível apenas para o time da FURIA, mas o comunicado especificamente menciona “neste primeiro momento”, então é seguro especular que a tecnologia apareça para outros times no futuro.
Redator
Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.
